Presidente da Gaviões cobra novas explicações de Augusto Melo e critica promessas no Corinthians
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Por Matheus Fiuza, Matheus Quintino e Heloisa Durand
A noite da última sexta-feira ficou marcada por protestos quentes em frente ao Parque São Jorge. As manifestações contra o atual momento do Corinthians foram arquitetadas pela Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Timão que, sob a figura de Alê, presidente do grupo, traçou um panorama das cobranças.
"Patrocínio máster, depois que perdeu, falou que ia vir. Direito de transmissão também. Perdemos patrocínios pontuais. Ele precisa trabalhar, ser presidente, precisa esquecer um pouco a oposição. Essa parte de fiscalização cabe a nós também, mas tem que trabalhar. Senão, o futuro todos nós sabemos, é a Série B, não vamos deixar isso acontecer, a Fiel não vai deixar, custe o que custar", afirmou em entrevista à imprensa no local.
Extracampo, o Corinthians contou com a rescisão da VaideBet no patrocínio máster, após suposto esquema de "laranja" por parte da empresa intermediária do acordo. Entre os desdobramentos do caso, Alê questionou, em reunião fechada com líderes da organizada e o presidente Augusto Melo, a debandada de diretores e a permanência de Marcelo Mariano, diretor administrativo, que teria dado ordens à revelia do financeiro para pagamento da comissão à intermediária.
"Estamos questionando muito essa debandada, financeiro, marketing, e até agora não obtivemos resposta. Queremos saber também por que ele está se abraçando até o fim com esse cara (Marcelo Mariano). É um dos caras que vamos questionar, tanto ele quanto a categoria de base, fazer uma fiscalização pesada. Nunca vi contratar tanto, tem que revelar. Desde que assumimos, é um trabalho difícil, tem que vir no trabalho de inteligência também e que vai funcionar. Estamos em cima", comentou.
O clima mais quente não foi novidade na sexta-feira. Na quinta, torcedores organizados da Camisa 12 compareceram ao Parque São Jorge e abordaram membros da diretoria e Augusto Melo, que teria prometido a chegada de um CEO. As promessas, porém, segundo Alê, deixaram o torcedor "de saco cheio".
"Ele fala oposição, mas somos atingidos também. Ele é o presidente, tem que dar a solução, isso que cobramos dele. Parecia que estávamos no Real Madrid com tantas promessas, semana que vem, amanhã. A Fiel torcida está de saco cheio, queremos resultado. Acreditamos que até aqui o rumo tomado talvez não seja o certo. Nossa reinvindicação é essa, se cercar de pessoas que ele confia e tocar o barco. Não dá mais, esse povo não aguenta mais sofrer, chegou no limite. Vamos vir aqui sempre que precisarmos", concluiu.
Neste cenário, o Corinthians tenta apagar o incêndio dentro dos gramados, após início ruim no Campeonato Brasileiro, com uma vitória em dez rodadas disputadas. Em meio à sequência de seis jogos sem triunfar no torneio, o Timão se prepara para encarar o Athletico-PR, no domingo, às 16h, na Ligga Arena, pela 11ª rodada.
