Danilo Ramos
A situação é pior que 2007, mas e o elenco?
Corinthianos, precisamos encarar a verdade. Nosso problema não está dentro das quatro linhas, mas fora delas. A situação atual do Corinthians não é resultado de um elenco fraco, mas de questões externas ao campo.
Lembrem-se de 2007: nosso time era composto por um goleiro, um zagueiro e um atacante do Bragantino. Nosso principal meia foi vendido e nossos atacantes, embora bons, só se destacavam em times medianos. Com um elenco modesto, sofremos as consequências da falta de planejamento e organização.
Agora, em 2024, temos um elenco que muitos clubes invejariam. Contamos com jogadores de seleção, um meia argentino que, no Palmeiras, seria o garçom do ano com tantas assistências. Nosso centroavante é jovem e já esteve na seleção. Nossos volantes e Igor Coronado demonstram qualidade, mas o que vemos em campo é um time sem transição, sem jogadas ensaiadas, sem organização mínima.
O problema, meus amigos, é que o Corinthians seguiu o mesmo caminho do São Paulo. Tivemos anos de glórias e acreditamos que isso seria suficiente. Enquanto a administração do nosso clube permanecia amadora, os outros times se organizaram. Ficamos presos no passado, esperando que os outros piorassem em vez de melhorar.
Precisamos de uma gestão moderna e profissional. É hora de deixar para trás a era do improviso e abraçar a inovação. Não podemos mais depender do talento individual dos jogadores sem oferecer a eles uma estrutura sólida e bem organizada. O Corinthians é gigante e precisa agir como tal, dentro e fora de campo.
Chegou a hora de cobrar mudanças estruturais e administrativas. Queremos um Corinthians forte, competitivo e vencedor. E isso começa fora do campo. Vamos juntos exigir o que nosso clube merece: profissionalismo, planejamento e, acima de tudo, respeito à nossa história e à nossa torcida.