Raphael Piccelli
Para quem esperava que eu fosse apoiar o coro dos que acham que não, eu entendo porque eu mesmo pensava isso. Mas antes de dar um joinha ao contrário, vale uma reflexão depois de um fato de que eu tive conhecimento.
Quando o Corinthians renovou o contrato do menino, deu a ele um aumento significativo, chegando a 45 mil reais por mês (pelo menos foi o que eu li). E isso na época foi considerado suficiente pra deixá-lo motivado. O problema é o artigo da lei Pelé que estabelece um limite para rescisão contratual, equivalente a 100x o salário anual do atleta. Isso chegaria a míseros R$ 60MM, mas só vale no Brasil, isso sem contar o desconto de 10% depois do cumprimento de um ano. Pra fora, valeria o que tá no contrato mesmo.
Sabendo disso e com a vontade manifesta do jogador em sair, o agente fica com uma barganha gigantesca porque qualquer clube do exterior pode usar um clube ponte no Brasil; ou ainda qualquer clube do Brasil com caixa poderia fazer essa transação, pagar 200 mil reais para o moleque por 6 meses e vender para quem quer que seja com um ganho substancial. Ou seja, o Corinthians está provavelmente entrincheirado e nesse caso não tem muito o que fazer ou vai correr o risco de vê-lo jogar em outro time no Brasil, que depois vai lucrar milhões na venda, o que seria muito dolorido para o início de mandato do Augusto.
É uma contenção de prejuízo, e uma composição de todos os lados para o Corinthians não sair tão prejudicado nessa história. O erro, que agora é fácil de apontar, foi na atribuição do salário na época da renovação. Faltou visão do potencial do moleque, fica na conta do Alessandro, Roberto, e Duilio mesmo.
em Bate-Papo da Torcida > Será mesmo que tinha que vender o Moscardo?