Fábio Veloso
Acho que precisamos ter consciência que sábado, o Vítor fez 3 meses, sendo que com pouquíssimos treinos completos. Então devemos antes de qualquer analise se atentar esse fato. Oscilações vão ocorrer o trabalho está no início, respeito as opiniões e análise feita. Porém, sempre pedimos algo novo, mas pra esse novo dar certo requer tempo necessário, ele não montou o elenco e nem fez pré temporada. Lembrando que oscilações vão ocorrer. Vítor é um técnico campeão em 3 países diferentes, tem competência! Porém sem tempo, não há futebol. Tenho confiança total no trabalho dele.
em Análise dos jogos > Explicação: entenda por que o Vítor Pereira não está bem no...
Em resposta ao tópico:
Não tenho a pretensão de ser um expert em táticas, mas após ler o que alguns analistas táticos escreveram, resumo pra vocês por que o Vítor Pereira não está indo bem em três tópicos.
1. Quase todos os piores jogos do Corinthians em termos de desempenho têm uma semelhança na parte tática: adversário com marcações individuais.
Ou seja: aquela velha marcação de pelada. Fulano encosta no beltrano e não desgruda. Muito utilizada no Brasil, pois aqui NÃO se tem TEMPO para treinar. Dá para acertar uma (boa) marcação individual no vestiário mesmo.
Foram os casos de Palmeiras, São Paulo, Guarani e agora América-MG.
2. Como o Vítor Pereira disse na sua última entrevista, ele não está acostumado com marcações individuais, as quais são bem raras na Europa. Ele mesmo disse na última entrevista que em Portugal NENHUM time faz marcação individual.
Por conta disso, o Vítor Pereira sempre praticou um jogo altamente posicional, onde os jogadores não se movimentam ao redor da bola, mas guardam posição, com o objetivo de alargar campo ou dar profundidade através do esquema tático.
É por essa razão que quando o Willian corta para o meio, o Renato Augusto precisa guardar a posição do Willian e tem que abrir para a lateral esquerda (e praticamente se anula assim). Os triângulos não podem ser desmanchados, se um jogador sai do desenho, alguém tem que guardar a posição.
SÓ QUE: com uma marcação individual bem encaixada, esse jogo posicional europeu SOFRE demais, porque a principal saída para uma marcação individual é justamente a MOVIMENTAÇÃO 'livre' ao redor da bola e o um contra um (dribles).
3. O elenco do Corinthians é majoritariamente ambientado com um jogo não posicional, de movimentações mais livres. Renato Augusto, Róger Guedes, Fagner são alguns exemplos. Não a toa caíram muito de produção com o jogo posicional do Vítor Pereira.
Será infrutífero tentar impor um jogo 100% posicional - sem tempo de treinar - aos jogadores não acostumados com isso.
CONCLUSÃO: o Vítor Pereira terá que fazer alguns ajustes na forma como aplica o futebol em termos táticos, adaptando-se ao elenco que tem e flexibilizando seu jogo posicional, em especial porque o futebol brasileiro é repleto de times que fazem marcação individual.
Ou é isso, ou sofreremos em TODOS os jogos com marcação individual/encaixes, incluindo jogos contra São Paulo e Palmeiras... E logo todos pedirão sua cabeça.
É hora dele ser inteligente, esquecer um pouco a Europa e se adaptar ao futebol BRASILEIRO.
Abraços!
