Vic detalha cuidados físicos e mentais durante recuperação de lesão e valoriza confiança de Arthur
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Por Meu Timão
Vic Albuquerque falou sobre o apoio e confiança que recebeu de Arthur durante recuperação de lesão
Rodrigo Gazzanel/ Agência Corinthians
A meia-atacante Vic Albuquerque foi um dos destaques do Corinthians na grande final do Brasileirão. Autora de um dos gols da equipe na vitória por 4 a 1 diante do Internacional, a corinthiana detalhou o processo de recuperação da lesão que quase a tirou da grande decisão.
Primeiro, Vic se mostrou grata por mais uma conquista no Corinthians. Depois de deixar o clube no começo do ano, a atleta celebrou seu retorno que aconteceu no meio da temporada e falou de maneira geral sobre sua lesão, que poderia levar oito semanas de recuperação, mas foi reduzida a quatro.
"Sempre especial, eu tenho história linda aqui, quero que se mantenha, então pra seguir sendo vitoriosa e bonita tem que ganhar título, é o pilar, chegar nas finais e conquistar objetivos. Feliz demais com meu retorno, sofri a lesão também, pude me recuperar em tempo, especialmente pra essa final. O tempo era de oito semanas, me recuperei em quatro com trabalho incrível da comissão e meus fisioterapeutas, estou bem feliz de ter participado, feito gol e dado alegria pra Fiel torcida", disse a atleta em participação no programa Mina de Passe, da ESPN.
A atleta, então, detalhou o processo de recuperação da lesão no joelho. Ele revelou que uma incerteza sobre sua presença ou não na grande final rodeava seu dia a dia de recuperação, mas frisou que acreditava no processo proposto pelo clube, com muita fisioterapia e trabalho psicológico.
"Essa final foi especial pela minha incerteza de estar ou não, mas trabalhei muito pra estar. Durante esse período de tratamento, academia, treino separado, teve quem me ajudou, que foi a Djara, ela me tirava dos treinos no final e a gente fazia trabalho de mentalização desse jogo, a segunda final. Ela falava coisas e eu mentalizava o que eu queira que acontecesse. Naqueles dias eu previa qual seria a sensação se eu estivesse non jogo. Me dediquei para estar, jogando ou não, titular ou não, eu mentalizava e pude jogar. Eu já tinha muitas coisas mentalizadas na cabeça que já estavam gravadas, faz parte do trabalho imaginar o que a gente quer e pode fazer", detalhou a corinthiana.
"Quando fui escalada eu falei que ele podia confiar, eu já sabia o que fazer, tudo eu tava preparada. E foi o que aconteceu. Joguei numa posição diferente, ali como volante, mas me preparei e quando aconteceu entreguei o melhor. Gol veio como um prêmio, Deus escolheu e me deu o gol, a bola chegou e estava preparada. É legal saber que a comissão te ajuda e confia em você porque é difícil passar por isso e chegar lá com 40 mil e não se assustar, não tremer a perna. Eu tava preparada e por isso a magia acontece, porque eu mentalizo isso tudo antes", completou logo em seguida.
Vic também não deixou de falar sobre o suporte e a confiança que recebeu do técnico Arthur Elias durante esse processo. A corinthiana revelou conversas que teve com ele durante o período e contou que garantiu ajudar a equipe na grande decisão. Assim, a comemoração de seu gol na partida teve um momento especial com o treinador.
"Conversamos muito durante minha recuperação e ele falou todos os dias que precisava de mim. Eu falei que estava dando meu melhor, eu garanti ajudaria de alguma forma, em campo ou fora, na torcida, no banco. Antes do jogo conversamos e ele falou para eu dar meu melhor o quanto aguentasse e eu joguei tudo. O abraço ( na comemoração do gol) foi de alívio entre nós dois porque a gente não sabia o que podia acontecer no jogo, poderia me machucar, recuperação é difícil dessa lesão, então teve gratidão no abraço pela confiança, por ele me ajudar no psicológico e a satisfação de poder estar em campo, ajudando a equipe e conquistando título", celebrou a atleta.
A camisa 17 foi a única lesionada durante a fase mata-mata que voltou especialmente para a grande final - Gabi Portilho voltou já durante a semifinal e Gi Campiolo só após a grande conquista, já durante o Paulista. As lesões das três durante a fase eliminatória, somadas às demais que o elenco já tinha, causaram receio de que o futuro da equipe na competição fosse comprometido.
"Com certeza (as lesões podriam comprometer). O dia da minha lesão foi bem ruim, ganhamos do Real Brasília, mas tivemos três baixas (Vic, Portilho e Gi Campiolo), ficamos preocupados. O elenco já estava reduzido por lesões antigas, Zanotti já tava jogando lesionada, era sacrifício grande que teríamos que fazer pra chegar na final e buscar o título. Nessa trajetória teve o início do Paulista, tivemos que ter estratégia pra desempenhar o melhor possível no Brasileiro. Não abdicamos no Paulista, mas demos mais atenção no Brasileiro, deixamos pra pensar no Paulista depois, tanto que até as meninas da base jogaram. Essas lesões tiveram tempo pra recuperar, algumas não puderam voltar em tempo, mas outras voltaram, tinha planejamento pra voltarmos e jogar em alto nível, porque meia boca, metade do que pode, não é bom pra atleta nem time. A gente não teve vontade de se machucar, mas quando acontece tem que ver o bom e buscar o melhor do time", disse a atleta.
