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De Sylvinho a Luxemburgo: os erros de Duilio ao montar elencos e escolher técnicos no Corinthians
Victor Godoy

Estudante de Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero e no Meu Timão desde 2022. Corinthiano e, consequentemente, fã de futebol desde pequeno. Vivendo um sonho ao trabalhar com os dois ao mesmo tempo.

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De Sylvinho a Luxemburgo: os erros de Duilio ao montar elencos e escolher técnicos no Corinthians

Duilio Monteiro Alves não tem tido um consenso entre o elenco montado e os técnicos escolhidos para comandar o Corinthians

Foto: Danilo Fernandes / Meu Timão

O Corinthians não vive grande fase dentro de campo. Não é de hoje. Desde antes de Duilio assumir a presidência o Timão passa por essa crise futebolística. Fazendo parte do processo - afinal, é o presidente - ele também tem sua culpa nisso, assim como sua equipe de diretores. O principal problema se dá pelo impasse entre o elenco montado e os técnicos escolhidos para gerir a equipe.

Na gestão do atual mandatário existem dois plantéis base: o pré e pós contratações de 2021 (Renato Augusto, Giuliano, Róger Guedes e cia). O elenco base do Corinthians se moldou em cima desses reforços, que rendem melhor atuando de forma apoiada. Os técnicos que guiaram essas equipes, porém, preferem times mais reativos e isso exige atletas de força, que atualmente são minoria no elenco. Isso vai desde Sylvinho, que foi o primeiro a comandar esses novos jogadores, até Luxemburgo.

Antes...

Antes de entrar na defesa de tese em si, vale diferenciar os dois tipos de jogadores:

  • Jogadores de apoio: não se caracterizam tanto pelos atributos físicos. São jogadores mais “técnicos”, focando em outros aspectos do jogo, como passes e dribles curtos. Giuliano, Matheus Araújo e Róger Guedes se encaixam nesse quadro.
  • Jogadores de força: há também qualidade técnica - não são profissionais à toa -, mas destacam-se mais pelos atributos físicos, como força, velocidade e vigor. Gustavo Silva, Romero e Roni são esses jogadores.

Ao montar um elenco, é necessário balancear os dois tipos de jogadores. Não de forma exata, necessariamente, mas o suficiente para sua equipe render. O Fluminense, por exemplo, tem um time bastante equilibrado nesse sentido.

Importante destacar o fator idade também. Conforme os atletas vão envelhecendo, eles tendem a perder vigor físico. Isso mostra a necessidade de saber montar seu plantel para manter esses jogadores em alto nível.

O último disclaimer é que não é um maniqueísmo de que um time joga de forma apoiada ou reativa. A mentalidade da equipe varia de cada adversário e situação de jogo. Por isso, é importante ter um elenco rico em opções.

Voltando

Ao montar um elenco em que os principais jogadores jogam de estilo apoiado, é necessário ir atrás de um treinador que seja mais adepto a esse estilo de jogo. Técnico e jogadores alinhados.

No Corinthians, porém, isso tem sido o contrário. Sylvinho, Vítor Pereira, Cuca e Luxemburgo preferem jogadores de força e privilegiam esses atletas, fazendo-os render mais, inclusive. É por esse motivo que Gustavo Silva rendeu tanto com Sylvinho e Vítor Pereira, enquanto Giuliano teve uma queda drástica de rendimento com Luxemburgo e Róger Guedes virou reserva com o português.

As chances que Luxemburgo têm dado a Wesley e Murillo são prova disso. O fato deles estarem correspondendo, também.

O ponto fora da curva foi Fernando Lázaro, que entendeu o elenco do Corinthians e impôs um estilo de jogo que privilegiasse isso. Assim, Fábio Santos, Giuliano, Renato Augusto e Róger Guedes conseguiram se destacar. Em contrapartida, Matheus Bidu não obteve tantas chances e Yuri Alberto também teve uma queda de rendimento.

No entanto, parece que internamente o Corinthians não identificou esse problema e seguem nessa linha. Matías Rojas, por exemplo, é jogador de apoio. Se a ideia é reforçar o time com atletas que se encaixem no estilo de Luxemburgo, é necessário fazer uma maior pesquisa no mercado.

A virada de chave no Parque São Jorge passa por Duilio e sua diretoria entenderem o elenco que têm nas mãos e o que eles exigem ou montar um plantel aos moldes do que o treinador quer. É necessário haver uma sincronia de ideias entre elenco e técnico.

Veja mais em: Elenco do Corinthians, Técnicos do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, Diretoria do Corinthians, Contratações do Corinthians, Mercado da bola, Sylvinho e Vanderlei Luxemburgo.

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Por Victor Godoy

Estudante de Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero e no Meu Timão desde 2022. Corinthiano e, consequentemente, fã de futebol desde pequeno. Vivendo um sonho ao trabalhar com os dois ao mesmo tempo.

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