Quase 90% aprovaram mais um mandato para Duilio numa enquete... o que esse dado significa?
Opinião de Rodrigo Vessoni
4.2 mil visualizações 54 comentários Comunicar erro
O Instagram do Meu Timão, com 1,3 milhão de seguidores, fez a seguinte pergunta: 'O que vocês acham de uma possível extensão no mandato de Duilio?' - veja print abaixo. A pergunta, claro, com base nessa mudança que está sendo prevista na reforma do estatuto do clube.
O resultado foi um acachapante 89% para o 'sim' contra apenas 11% para o 'não'. O que significa um placar como esse? O que representa uma diferença tão grande? Por que essa imensa maioria simplesmente ignora o fato de ser uma mudança no meio do caminho?
A primeira reflexão é óbvia: a impressão da torcida do Corinthians sobre o trabalho de Duilio e sua diretoria é ótima (o mesmo vem acontecendo com as pesquisas trimestrais do Meu Timão).
A segunda é de que o torcedor de arquibancada, que é a imensa maioria dos seguidores do Instagram do Meu Timão, não se importa com a política do clube, com o que acontece do muro para dentro do Parque São Jorge. O que vale é o andamento do time, não o clube social e suas particularidades.
E a terceira é de que cai por terra a tese de sócios e conselheiros da situação de que 'se abrir a eleição para sócio-torcedor será mais difícil ganhar uma eleição e manter nosso grupo no poder', como se ouve vez ou outra. Mentira! Se o trabalho for bem feito, o trabalho será mantido e o indicado será escolhido. O voto do sócio-torcedor será reflexo do trabalho. Nada mais.
Eu, particularmente, não concordo com a mudança de três para quatro anos. Quatro anos para uma boa administração seria legal...e se for uma má administração? Como suportar um péssimo trabalho por quatro anos?
Em relação a tal mudança sendo iniciada já com Duilio, apesar do bom trabalho que faz com sua diretoria, eu também sou contra. Não se muda a regra no meio de um jogo. Duilio foi eleito para três, não para quatro.
Em tempo: se realmente acontecer a mudança para quatro anos (já com Duilio ou não), que se mude também o tempo mínimo de um sócio ter direito a voto que, neste momento, é de cinco anos com suas obrigações em dia.
E eu explico o motivo: na regra de hoje, se alguém se tornar sócio em janeiro/2023, essa pessoa terá direito a votar apenas a partir de janeiro/2028.
Porém, como o próximo presidente ficará no cargo de janeiro/2024 a dezembro/2027, o mesmo ficaria impedido de voltar na eleição que acontecerá em novembro/2027 para o quadriênio seguinte (2028/2029/2030/2031).
Ou seja, na prática, esse novo sócio só teria direito a votar na eleição de novembro/2031, escolhendo então apenas o presidente do quadriênio 2032/2033/2034/2035. Seria um absurdo.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
Avalie esta coluna
Veja mais posts do Rodrigo Vessoni
- Empate no Majestoso foi bom, corinthiano! Pode ter certeza...
- Corinthians libera trio... três vão embora, mas são casos bem diferentes!
- Seis tempos do Corinthians após o período de ócio forçado. E penso que...
- Fim da primeira fase do Paulistão para o Corinthians: o que comemorar e o que se preocupar
- Dez perguntas que faço à diretoria sobre o acordo entre Corinthians e Zenit
- Jogo-treino no CT do Corinthians: um desperdício de engajamento por causa de nada