A galera acha que futebol é como jogar Manager no celular. Você faz gato e sapato com o jogador no game: se der sic, desliga, começa outra partida e f0d4-se.

Na vida real fora dos sonhos molhados existe algo chamado 'contrato de trabalho'. Se você concorda em pagar 500 mil para alguém, o problema é seu - já diz o ditado que 'o acordado não sai caro, nem barato'. Não discuto se o jogador vale o salário que recebe, mas que um(a) trabalhador(a) tem que receber aquilo que está previsto. Vale para quem ganha um salário mínimo ou milhares de reais.

Por fim, analisar a folha só pelo valor dela é besteira - PRINCIPALMENTE se você não considera a dívida do clube. Onde quero chegar: o SCCP passou anos inflando a folha para conseguir convencer jogadores (como o caso do Rojas), depois por várias razões não pagou o que devia e levou processos (perdeu todos pela razão acima apresentada).

Consequentemente, precisa considerar as dívidas, como clubes estruturados no futebol brasileiro fazem suas propostas, como as SAFs tem feito e inflado o mercado (perdemos o Wallace da Udinese para o Cruzeiro assim) e pontos fora da curva como na repatriação de craques (como quando o Ronaldinho voltou, teve leilão e o VARmengo ofereceu 1mi pra ele, mesmo sem poder pagar). Sem isso, são só números.

Simples. Vende apenas parte dos direitos e mantém um percentual. Pode-se pensar ainda em uma cláusula vinculada (ou isolada) de mais-valia em caso de venda superior depois.

Por exemplo, repassa só 50% dos direitos, mantém 20% e mais-valia (se o Atlético receber uma oferta de 30mi por ele no futuro, dos 9mi de 'lucro', 1/3 para o Corinthians ou mais - 3mi de euros dá 15mi de reais). Esse seria o cenário ideal para quem sabe 'recuperar' o valor investido (tem que pensar na correção da inflação, então dificilmente vamos recuperar).

Uma segunda opção menos vantajosa envolve mais-valia ou multa caso ele seja apenas trocado, liberado ou cedido para outro clube sem compensação financeira (aqui no Brasil vivem fazendo liberações sem compensação ou trocas para fugir das multas).

Obs.: creio que ele vai jogar muita bola no Atlético. Jogador gringo rende com técnico gringo.

Apesar da forma equivocada, o argumento é certo. O São Paulo deve muito diante do tamanho da torcida que tem, a dívida proporcionalmente cresceu pra caramba nos últimos anos, tem um estádio mais custoso e antigo, faz acordos ridículos com jogadores (Dani Alves, James etc.)... Será o próximo da fila a puxar uma SAF, ou vai quebrar.

Desconsiderar que o Bahia (junto com o Fortaleza) já desenvolvia uma proposta interessante há anos, incluindo de responsabilidade fiscal, é uma sacanagem.

Além disso, o foco do Grupo City foi pagar dívidas (c.R$300mi): até maio de 2024, o conglomerado já tinha quitado R$258mi em dívidas - fora os investimentos no elenco.

Some isso com o investimento em jogadores (R$170mi), você alcança o valor investido pelo Corinthians em contratações entre 2019 e 2023.

A questão não é gastar menos, mas gastar melhor. Além disso, suportar o processo.

Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/times/bahia/noticia/2024/05/04/um-ano-do-bahia-saf-divida-quase-zerada-novo-patamar-de-reforcos-e-busca-por-impacto-no-campo.ghtml Um ano do Bahia SAF: dívida quase zerada, novo patamar de reforços e busca por impacto no campo |... Em um ano, Grupo City investe mais de R$ 170 milhões e mexe com estruturas do clube. Tricolor muda forma de enxergar o futebol, domina contratações a nível... ge.globo.com

Vi em algum lugar que pagaram quase R$6mi (algo como US$1mi) nele. Valor medonho.

Em um levantamento, Rodrigo Mattos mostrou como o Corinthians gastou muito nos últimos anos, mas não ganhou títulos. O primeiro número diz respeito ao ano de 2023 (os números de 2024 obviamente não estão fechados), e o outro o total nos últimos 5 anos (cf. No final).

Constatações

1) Quem gasta bastante com frequência em busca de bons jogadores tende a alcançar resultados (títulos) e permanecer nas cabeças (Varmengo e Porcas);

2) Quem gasta muito em um ano (ex. Bbbasco, Bahia e Prantos) proporcionalmente ao investimento acumulado leva tempo para fazer o elenco engrenar (basta pensar no Campeonato Brasileiro do ano passado). O caso do Prantos é um ótimo alerta: gastou loucamente e caiu;

3) Fortaleza e Flu se destacam por baixos investimentos de médio prazo (apesar do clube cearense ter gastado muito ano passado). Seja como for, o primeiro trabalha com captação de jogadores em baixa ou de mercados alternativos, enquanto o Flu prefere jogadores sem contrato e, SOBRETUDO, NA BASE. Não gosto da ideia do elenco envelhecido, mas poucos times no país focam tanto na base e vendem tão bem quanto o Flu (também não tem tanta ajuda da mídia esportiva, como o Varmengo e as Porcas);

4) No acumulado, o Corinthians teve o sexto maior gasto, mas amarga um jejum de cinco anos sem títulos.

Conclusões : independentemente da vinda de novos reforços agora no meio do ano, parece pouco provável que o clube faça uma boa campanha no Brasileiro, Copa do BR ou Sulamericana . Além disso, não é inteligente se livrar de bons jogadores contratados a preço de ouro (Cacá, Raniele, Garro e Yuri). Desfazer a espinha dorsal do time é uma loucura porque você entra no ciclo de remontagem eterno e dificilmente ganha um título de expressão . A série histórica está aí para provar.

E, para cada jogador da base que subir e ganhar destaque, já precisa ter outro para substituí-lo no mesmo ano ou no seguinte , no pior dos casos. Enquanto isso, mesmo com um eventual substituto da base, o scout precisa ter pelo menos 2 ou 3 opções factíveis para cada jogador sondado , preferencialmente na transição da base para o profissional , com valor baixo ou a partir de negociações de empréstimo com valor de compra fixado.

O scout também precisa alargar a faixa de observação para mercados alternativos (série B argentina, Venezuela, América Central/Caribe e países africanos de Língua Portuguesa). Clubes de menor investimento do futebol português (como o Vitória de Guimarães, que fez excelente campanha no campeonato local) trabalham ativamente com atletas africanos; o Fortaleza tem investido pesado na série B argentina e em jogadores do Nordeste e Norte que se destacam nos estaduais.

A possível boa notícia para o Corinthians é que ocorreram muitos investimentos do S17 ao S20 nos últimos meses. Por isso, espero que eles se transformem em investimentos sólidos. Com a integração entre os elencos profissional e do S20, seria interessante ver mais garotos da base jogando no profissional. Outra possibilidade seria inscrever o clube na Copa Paulista, dando rodagem para jogadores da base menos aproveitados e titulares que quase não jogam (como acontece na Inglaterra).

Seguem os números gerais

Varmengo - R$ 280 milhões (acumulado de 5 anos: R$ 1,129 bilhão)
Porcas - R$ 178 milhões. (acumulado de 5 anos: R$ 828 milhões)
bbbasco - R$ 164 milhões (acumulado de 5 anos: R$ 206 milhões)
Bahia - R$ 160 milhões (acumulado de 5 anos: R$ 225 milhões)
PAtético-MG - R$ 119 milhões (acumulado de 5 anos: R$ 719 milhões)
RB Bragantino - R$ 113 milhões (acumulado de 5 anos: R$ 620 milhões)
PAthetico-PR - R$ 102 milhões (acumulado de 5 anos: R$ 275 milhões)
Prantos - R$ 101 milhões (acumulado de 5 anos: R$ 294 milhões)
DVD - R$ 78 milhões (acumulado de 5 anos: R$ 344 milhões)
Vila Sônia - R$ 77 milhões (acumulado de 5 anos: R$ 412 milhões)
Marias - R$ 76 milhões (acumulado de 5 anos: R$ 233 milhões)
Fortaleza - R$ 73 milhões (acumulado de 5 anos: R$ 150 milhões)
Corinthians - R$ 49 milhões (acumulado de 5 anos: R$ 393 milhões)
Grêmio - R$ 25 milhões (acumulado de 5 anos: R$ 275 milhões)
Botafogo - R$ 31 milhões (acumulado de 5 anos: R$ 275 milhões)
Fluminense - R$ 6 milhões (acumulado de 5 anos: R$ 69 milhões)

Fonte :

https://www.uol.com.br/esporte/futebol/colunas/rodrigo-mattos/2024/06/13/clubes-batem-recorde-de-investimento-em-elenco-em-2023-veja-maiores-gastos.htm Clubes batem recorde de investimento em elenco em 2023. Veja valores Veja resultados, notícias, entrevistas, fotos, vídeos e os bastidores do esporte. Acompanhe ao vivo os principais eventos esportivos no Brasil e do mundo. uol.com.br

Camarada, a janela é só o período no qual os jogadores podem sair efetivamente de um clube e ir para outro. As negociações acontecem antes. O Nottingham certamente venderá jogadores (o Murilo é um deles): se fizer 50mi euros com o Murilo, 4mi pelo Carlos Miguel é dinheiro de pinga. Com menos da metade desse valor você ainda leva aqui do BR outro zagueiro (por uns 5mi), um meia (5mi) e até um atacante (por uns 10mi, dependendo do desespero do clube).

Preto e branco só serve na camisa. Na vida não. Mas a galera adora um messias e um bode expiatório, né. Fica mais fácil assim.

Além disso, considerando a pouca participação política dos torcedores comuns diante desse modelo eleitoral associativo RIDÍCULO, no qual meia dúzia de associados fazem politicagens que afundam o clube, a massa de torcedores (que bancam o associativo, diga-se de passagem) não decide c4r4lh0 nenhum. E as organizadas, que historicamente defendiam as arquibancadas, hoje parecem mais sindicatos patronais. Então eu até entendo (mas não concordo) com essa insatisfação mal dirigida e refletida de parte da torcida.

Só para complementar: jogar na Premier League em um clubesque luta para escapar do rebaixamento - ou seja, se fizer o feijão com arroz, ninguém enche o saco, uma vez que ninguém espera p0rr4 nenhuma do Nottingham.

Sidney, você tem razão: pode ter sido tanto da parte da empresa quanto do clube. Mas sabe qual é o problema quando há profissionalismo? É que vazamentos deixam marcas (identificadores ou tokens) no documento. Se existe mesmo um sistema de gestão documental (o tal do TOTVS), a cada vez que um documento passa pelas mãos de alguém, sai um marcador/token que claramente identifica que ele leu/aquela cópia digital está nas mãos do setor/pessoa x ou y. É uma medida essencial para garantir que informações sensíveis não vão vazar (ou se vazarem, que o/a responsável será identificado). Setores públicos e empresas organizadas usam isso em vez de gestão por email e Word.

Sendo assim, pede ali ao vivo para o Salazar apresentar o contrato que ele divulgou, procure a marca e veja quem foi responsável pelo vazamento. Se não tiver, é falso ou corre o risco de ter sido alterado (o que acaba com a versão do repórter). Se for verdadeiro, você demite o funcionário e/ou processa funcionário ou empresa com base no rompimento da cláusula de confidencialidade.

No final das contas, esses e outros indícios só fazem crer que o SCCP é administrado como uma padaria familiar (com todo o respeito, mas é só uma metáfora de empresa pequena): tudo passa pelas mãos do dono, independentemente da divisão de 'setores'. A gestão é artesanal e caseira, contando com pouco profissionalismo e sem muito esforço tudo vaza para a concorrência.