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João Carlos Meirelles Ortiz


63 anos, de Santos

Torcedor do site número: 927.986

cadastrado desde 12/03/2023

Promotor de Justiça aposentado, advogado, nasci do amor de um pai corintiano. Acompanho o time onde estiver. O Corinthians é como se fosse algum parente, mas é mais, porque não morre e vai continuar sendo depois que eu for. Antes de eu nascer já era do meu gen. Depois que eu for, vou amá-lo lá do além.

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Último acesso em 03/05/2024

Atividade de João Ortiz no Meu Timão

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Última atividade no site em 03/05/2024 às 10h11

João Ortiz avalia 95.54% como positivo

Jogos do Corinthians com João Ortiz na torcida do Timão

25 partidas na torcida

Santos São Bernardo FC Guarani Coritiba Internacional Vasco da Gama Ponte Preta Santo André Água Santa Atlético-MG Juventude Cianorte Red Bull Bragantino Palmeiras Fluminense Botafogo-SP Racing Portuguesa Londrina São Paulo Argentinos Juniors América-RN Ituano
57.14%

12 Vitórias do
Corinthians

9 Derrotas

4 empates

João viu 57 gols

63.16%

36 Gols do Corinthians

21 Gols dos adversários

Média de 2.28 gols por partida

Posts e comentários do João

Última interação no site em 03/05/2024 às 10h14

  • João

    João postou em Bate-Papo da Torcida, no tópico "Ataliba"

    há 1 hora

    O jogador mais inteligente de futebol que conheci foi o Ataliba. Ele utilizava a 'esperteza que só tem quem tá cansado de apanhar' (Paralamas), com a interação ao coletivo, que é o que explica alguns reslutados inexperados. Times da primeira divisão perdem para times da série b, c, d, f e outros menos previsíveis. É algo que parece, e por parecer, é possível que seja, sobrenatural.

    A beleza do esporte bretão está na construção do coletivo. Veja só.

    Eu era um perna de pau. O último a ser escolhido nos times que se formavam em campinhos de terra da minha quebrada. Mas tive meus repentes de Pelé, ou Wesley (Corinthians).

    Com escoteiros, na grama verde do Parque Ibirapuera, fizemos uma atividade maluca, lúdica e inesquecível.
    Atentem para as regras do jogo que o responsável por nosso grupo de escoteiros inventou: Quatro gols, quatro times, UMA SÓ BOLA. 40 jogadores. O jogo era único. Um campo imaginário que não tinha linhas. Releiam as regras, porque é algo surreal, inimaginável.

    Me lembro com carinho do inventor do inusitado jogo. Tenente Becari, responsável pelo grupo de escoteiros. Oficial da Aeronáutica. Fou uma das almas que marcou a minha, por este e por outros motivos.
    Jogávamos com alegria.

    Surrealmente, ocorreu algo inimaginável.

    Algo aconteceu comigo e com o meu time. Me lembro perfeitamente. Marcou a minha vida. A memória deste dia em que disputávamos a louca peleja marca uma intriga que sempre tentei explicar usando meu raciocínio. Sabe quando você fica lembrando de uma coisa para qual não encontra explicação.
    Um mané, pé de bagre como eu era, quando jogava bola, nunca poderia ter feito aquela jogada. Consegue driblar todos os atletas dos três times adversários. Não sei quantos driblei. Vários Joões, diria Mané Garrincha, o maior Mané de todos os tempos. Desconfio que os 'esportistas' do meu time correram todos para abrir meu caminho. Foi parecido com a estratégia do futebol americano, em que os jogadores se posicionam pra proteger o wide receiver. O deslocamento dos jogadores do meu time foi improvisado, mas creio que tenha sido inteligente. Era algo inteligentemente coletivo, inconscientemente coletivo,

    Algo anímico, sobrenatural, me ocorreu. Nelson Rodrigues diria que o sobrenome da sobrenaturalidade seria Almeida. Estudo nenhum explica. A inteligência artificial não explica. Só a inteligência não binária que diferencia os seres vivos explica.

    Outro dia, num jogo que fui no Itaquerão, conheci e conversei um pouco com o Ataliba. Já o admirava como jogador.
    Numa conversa que tive com o Mário Travalini no clube do Corinthians ele me explicou de modo muito resumido como jogava o time da Democracia Corintiana. Wladimir, Sócrates, Zenon e Casagrande pensavam. Alfinete, Mauro, Juninho, Paulinho e Biro-Biro corriam disciplinadamente. Solito em grande fase era o goleiro.
    Ele não considerou o Ataliba como um dos pensantes. Não discordei do Travalini, até o dia em que conversei com o Ataliba pela primeira e única vez até hoje. Quero até conversar mais com ele, se tiver oportunidade de encontrá-lo.
    O Ataliba é um gênio. Talvez fosse ele o genial do time. Penso que sim, mas sei que 99,99% dos torcedores que assistiram o time da democracia jogando vão discordar de mim. A genialidade é quase que unanimente atribuída ao Sócrates. Discordo, o Doutor tinha era talento demais, mas não era mais genial que o Tatá, como carinhosamente era chamado pela torcida.

    Futebol é um esporte coletivo. O treinador que compreende isso conta com o conceito de inteligência coletiva para fazer o time render.

    Aquele que mais influía na inteligência coletiva era o Tatá, não o Sócrates. Tatá era genial, pela sua brasileridade, pelo balaco-baco, pelo ziriguidum dos que nascem na pobreza, e portanto ficam mais espertos que o Sócrates, por exemplo, que nasceu em uma família de classe média alta, não tinha tal esperteza.
    Se eu já gostava do Ataliba, passei a amá-lo depois que conversei com ele.


    O Ataliba é genial. Tive certeza disso ao conhecê-lo.

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  • João

    João postou em Bate-Papo da Torcida, no tópico "Augusto resolverá questão do patrocínio do CT, Rubão e quitação da Arena, na semana que vem."

    há 1 semana

    Desde que eu me lembro, o Corinthians está sempre do mesmo jeito. Entra presidente, sai presidente. Paga, paga, paga e nada. É muita coisa errada mesmo. Só que não foi nunca certinho, e nunca será. Acho que só vai começar a acertar quando todos os outros clubes acertarem também. Falam muito da gente, mas todos os clubes tem problemas. Os que viraram SAF, às vezes, ficam bem por algum tempo, mas depois a gente não sabe o que vai acontecer. Na minha opinião o que precisa fazer é trabalhar. Todo mundo tem que trabalhar. Corinthians não é lugar de passeio. Só quem passeia no Corinthians é a torcida e seus sócios.

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  • João

    João postou em Bate-Papo da Torcida, no tópico "Expulsão do Raul Gustavo"

    há 1 semana

    Lógico que precisam de ajuda. Todo mundo precisa. Ainda mais quando temos um cenário em que aparentemente o Corinthians não tem prestígio na CBF, nem na COMMEBOL, nem na FIFA. Jogador precisa de ajuda de psicólogo, médico, técnico etc. O clube precisa de ajuda de nosso presidente, que precisa começar a fazer as coisas que precisam ser feitas. O clube não pode mais continuar a ser prejudicado do jeito que está. A coisa começa pelo treinador. Foi expulso no jogo contra o Atlético por um cartão injusto aplicado depois do encerramento da partida. O Raul foi atrapalhado pelo bandeirinha lá na Argentina, que se meteu na frente dele num momento em que deveria estar afastado, para deixar ele fazer o arremesso lateral. Caiu na catimba do argentino, que foi lá pra fazer confusão com o nosso esportista. São coisas do esporte. Já vi jogador fazer muito pior e não acontecer nada. Quando é nosso jogador, a torcida acha ruim com ele.

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  • João

    João postou em Bate-Papo da Torcida, no tópico "Equilibrando gratidão e renovação: o desafio da gestão esportiva"

    há 1 semana

    Perfeito.

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  • João

    João postou em Bate-Papo da Torcida, no tópico "Expulsão do Raul Gustavo"

    há 1 semana

    No jogo contra o Atlético Mineiro, domingo retrasado, eu estava no campo e pude ver o que aconteceu. O Corinthians foi totalmente prejudicado pelo árbitro, que só errou contra o nosso time. Foi uma descarada roubalheira. O António Oliveira entrou no campo depois do jogo e foi ter uma conversa com o árbitro, que desconversou e deu uma de coitado, aplicando uma punição ao treinador após o jogo acabado (erro crasso de aplicação da regra punitiva). O jogo foi deliberadamente truncado pelo juiz e todas as truncadas desnecessárias desfavoreceram o Corinthians. O árbitro interrompeu jogadas promissoras do Corinthians, para que fossem atendidos atletas que demandavam atendimento médico (todos do Atlético). Em outra oportunidade, claramente deveria ter parado o jogo para dar atendimento ao atleta do Corinthians. No entanto, ele usou critério diferente. Não por coincidência, se o árbitro parasse o jogo naquele momento, o time dele, o Atlético Mineiro, perderia uma oportunidade no jogo. Eu acho que não tem nada a ver xingar o árbitro, ainda que seja vontade. Não tenho mais pique pra xingar juiz quando vou no campo. É exatamente por isso que tive uma atenção muito voltada para a arbitragem, oportunidade em que pude perceber a ladroagem clara.

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  • João

    João postou em Bate-Papo da Torcida, no tópico "Expulsão do Raul Gustavo"

    há 1 semana

    Eu sei o que é lugar comum. Todo mundo vê o lance da expulsão do Raul como algo absolutamente errado. Eu também. Mas há um acúmulo de arbitragens tendenciosas contra o Corinthians. É lugar comum também xingar a arbitragem. Acho que não. Eu acho que os árbitros têm sido tão tendenciosos, que chega uma hora em que irrita. São muitos lances que tenho visto em que o árbitro, bandeirinhas, quartos árbitros, árbitros de VAR, prejudicam o Corinthians. Seria o caso de ver o que está acontecendo de fato. Eu não sei qual foi a orientação que levou o presidente do Botafogo a atacar a arbitragem. Pelo que vi, ele tem um estudo que mostra muita coisa. Se for possível fazer um laudo, algo substancioso, podemos responder a pergunta. Me parece que não querem que o Corinthians ganhe nada. Os antis, tudo bem, mas a COMEBOL, ah... Não sei não.

    https://youtu.be/DfqZzdm3UAw?si=51ydUzKI5t7_XuAv EXPULSO! Raul Gustavo perde a cabeça, agride auxiliar e leva o cartão vermelho | Sul-Americana... EXPULSO! Raul Gustavo perde a cabeça, agride auxiliar e leva o cartão vermelho | Sul-Americana... Aos 13 minutos do segundo tempo, Raul Gustavo se irritou após dividida e empurrou o assistente de arbitragem. O árbitro considerou agressão do zagueiro alvin... youtu.be youtu.be

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  • João

    João postou em Bate-Papo da Torcida, no tópico "Nesse vitimismo eu não caio! Acha que tá enganando quem?"

    há 1 semana

    Quero muito que o Cássio leia isso. Vale para o Fagner, também.

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  • João

    João postou em Bate-Papo da Torcida, no tópico "Sobre ontem à noite"

    há 2 semanas

    Meu irmão, fico gratificado por você ter se dado ao trabalho de ler o meu texto, independente de você e eu concordarmos. De verdade, muito grato. Quanto à dicção do Augusto Melo, quero ver pra crer. A resposta a uma pergunta quanto a um fato futuro só se revela verdadeira se o fato acontece. Uma mudança de opinião do presidente deve ser considerada no momento em que ele vai decidir. O importante nem é decidir isso, por enquanto, é identificar onde se encontra o problema do time e resolve-lo. Neste sentido, o Cássio e o Fagner têm que ser chamados para uma conversinha com os profissionais que estão acima deles, para que expliquem o necessário preparo para o adeus. Se os dois atletas entenderem que não podem mais ser o que foram e tiverem humildade e respeito pela camisa do Corinthians, podem inclusive renovar. A única coisa que precisa fazer é prepara-los para o final do ciclo deles no clube, independente de o próximo ciclo deles ser aqui ou lá.

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  • João

    João postou em Bate-Papo da Torcida, no tópico "nasa"

    há 2 semanas

    A NASA deveria estudar a SNSM - Sem Noção com Sinalizadores na Mão.

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  • João

    João postou em Bate-Papo da Torcida, no tópico "Sobre ontem à noite"

    há 2 semanas

    Quando analisamos um time de futebol, precisamos ter uma visão histórica, com relação ao elenco e uma visão panorâmica, com relação ao momento.

    A história do elenco do time do Corinthians traz a marca de dois nomes: Cássio e Fagner. Foram e continuam sendo bons jogadores, não tenho a menor dúvida disso. Já foram os principais estruturadores de equipes campeãs e que deram alegrias para a torcida. Não são mais, mas pensam que continuam sendo o que eram.

    O empresário deles, Carlos Leite, diz ser credor do clube. Ele colocou o clube no pau, processando para receber seus créditos, um tanto quanto duvidosos. Digo duvidosos, porque se ele é empresário de jogador, quem tem que pagar seus créditos é quem os contratou, não o clube. No mínimo há um conflito de interesses, porque se ele já trabalhou para um cliente, não pode trabalhar para aquele diante do qual representou interesses opostos. É a mesma coisa que um promotor trabalhar como advogado de alguém que processou.

    Mas isso poderia ser superado pelo profissionalismo dos atletas Cássio e Fagner, que não tem nada a ver com os interesses de seu empresário. Será?

    O fato é que tanto Cássio, quanto Fagner já não podem mais ter a responsabilidade de estruturar o time em campo, seja pela visível queda de rendimento de ambos, seja pelas falhas que vêm cometendo reiteradamente.

    O cenário que o Augusto Melo viu ao assumir a presidência era muito difícil, pois tinha um treinador desidioso, atletas mal-acostumados, um departamento de futebol desorganizado, vários entraves jurídicos e financeiros que impediam inclusive que o clube tivesse uma posição melhor para contratar. Era um carro velho cheio de problemas mecânicos, com uma aparência muito feia.

    Transformar esta realidade não é algo que se faça do dia para a noite.

    Aos tropeços, a atual diretoria fez contratações com vistas à reformulação do elenco e mudou a cara do departamento de futebol. No entanto, nem todos entenderam. O Rubão, que se acha o último biscoito do pacote, ainda não entendeu qual é a sua função. Reclama do presidente deliberativo do Corinthians, que de fato exerce a sua função. O Tuminha não resolve nada sozinho, mas é apoiado pelos conselheiros que deliberam. A função do Conselho não é a de um “governo paralelo”, como argumenta o Rubens. É uma espécie de legislativo e tem dever de fiscalizar a diretoria e deliberar a partir de seus limites regulamentares e estatutários.

    Voltando ao time, constato que a era Cássio e Fagner acabou no futebol. Eles não vão voltar a ser estruturantes do time. Eles são nocivos à estruturação de uma equipe renovada, pois ainda se sentem estruturantes.

    Se fosse o Augusto Melo eu procuraria conversar com eles, juntamente com os profissionais e técnicos do departamento, para planejar a saída de ambos. Não falo em demissão imediata, pelo contrário. Penso num jogo de despedida, caso eles venham a se convencer de que chegou o momento de se aposentar, ou mesmo se eles forem negociados pelo Carlos Leite para outras equipes. O que não se pode fazer é deixar de enfrentar o problema.

    O Cássio é um excelente goleiro ainda. Pode fazer muito ainda, mas em outro clube. No entanto, ele tem um defeito: ele não sabe o que faz com a bola depois que tem ela dominada. É cansativo ver ele, depois que faz uma defesa, segurando indevidamente a bola e dando bronca nos jogadores da linha. Pior do que o teatro que ele faz, é saber que enquanto ele confunde campo de futebol com palco, o tempo vai passando e, se a bola estivesse rolando, era melhor. Quem tem que dar lição de futebol aos jogadores da linha é o técnico, não o goleiro. Quando ele repõe a bola em jogo, não sabe o que fazer. Antes ele dava seus chutões para frente, que em regra não resultavam em nada. Ultimamente, ele dá a bola para um zagueiro, quase sempre na fogueira e o time fica sem saída. Como se isso não bastasse, quando ele tem a bola nos pés, recuada por aquele zagueiro que a pegou na fogueira, lentamente faz suas lambanças, exatamente pela sua lentidão como jogador de linha. Toda vez que alguém passa a bola para o Cássio, eu fico atônito. Acho que vocês também.

    Já o Fagner, não é mais aquele lateral que conduzia a bola com maestria em triangulações com os meias e atacantes. O mais grave é que ele não é mais aquele jogador que precisa estar presente na defesa quando o time é atacado pela direita. Ele ainda tem alguns lampejos daquele jogador que foi, mas não consegue manter a intensidade por fora do seu declínio no rendimento esportivo.

    O problema é que o clube contratou mal na posição, ao trazer o Mateuzinho. Ele nunca foi um jogador com a mesma intensidade e técnica que o Fagner chegou a ter. Pelo contrário. É bem abaixo do que se esperava.

    Outro problema, no mesmo lado do campo, é o Felix Torres. Talvez ele melhore, porque diferente do Mateuzinho, ele parece que tem um potencial maior para melhorar. Na minha opinião, se o Gil tivesse sido mantido no elenco seria melhor, mas isso é passado.

    O Gustavo Henrique e o Hugo na esquerda se entendem melhor. Nada de espetacular, mas fazem o serviço direitinho.

    O Hugo me parece um jogador com potencial para crescer. Ele se movimenta bem, mas não é um lateral que cai pelas pontas, mas que vai ao meio nas jogadas ofensivas atrapalhando a movimentação das zagas adversárias. Na defesa ele dá conta da função.

    Se formos observar os últimos jogos do Corinthians, veremos que os adversários preferem atacar pelo lado esquerdo, nas costas do nosso lateral, seja Fagner, seja Mateuzinho, aproveitando também da lentidão do Félix Torres.

    Não faltam volantes no elenco. São volantes bons, mas que sofrem com a dificuldade de haver um buraco na compactação do time nas saídas de bola, que se isolam na defesa pela lentidão dos nossos jogadores. Do mesmo modo, o time não tem aproveitado os meias como era de se esperar.

    Quanto aos meias, temos jogadores muito bons. Não temos tantos quanto o elenco precisa, para enfrentar as competições que temos pela frente. Gostei do Coronado, mas ainda o considero uma grande incógnita. O Garro não precisa provar mais nada. Ele é bom mesmo, mas não encaixou com as linhas ofensivas as suas jogadas criativas. Neste ponto, merece continuar como o principal meia do time, por sua criatividade, aguardando-se que suas jogadas encaixem, o que é uma questão de detalhe.

    A rapidez das jogadas do Garro não é correspondida na mesma velocidade pelos demais jogadores do time, que não se posicionam para onde ele manda a bola, aquilo que se chama de ponto futuro. Me parece que há uma certa acomodação. Todo mundo espera que o meia jogue a bola no pé.

    Nossos atacantes falham exatamente por se posicionarem, tanto nos deslocamentos quanto nas movimentações, de modo a receber lançamentos mais agudos, ou passes mais espertos, mais rápidos. O que sobra de esperteza no Garro, falta nos atacantes, principalmente Yuri Alberto. Ele não consegue quebrar a linha da defesa adversária.

    Já o Wesley, poderia muito bem jogar com triangulações pelo lado esquerdo, ou trabalhar no domínio das bolas passadas ou lançadas pelo Garro. Sua jogada de pegar na esquerda e trazer a bola para a área é muito forte, mas poderia também trazer a bola para a ponta, enquanto o Hugo cria a confusão dentro da área adversária, deixando os atacantes livres para criarem espaços de trabalho de bola com vistas à finalização. O momento em que o Wesley tem a bola nos pés demanda maior movimentação dos atacantes e do resto do time, porque é por ali que podem aparecer as melhores oportunidades de gol.

    Dito isto, observamos que o António Oliveira precisa resolver algumas equações, para que o elenco renda o potencial que tem. O elenco não é ruim. Bem trabalhado pode render bastante. O que falta é organização, competitividade, intensidade e eficácia.

    Não sou a favor de demissões de treinador, sempre apontadas como soluções para a falta de resultados. As demissões de treinador durante a temporada normalmente desestabilizam os times. O que um dirigente precisa mensurar quando toma a decisão de demitir um treinador é qual será o próximo passo.

    No caso do Mister, a diretoria precisa prestigiá-lo, assim como precisa prestigiar todos os profissionais que vieram para integrar o estafe do departamento de futebol. Fazer um time jogar do jeito que o treinador pretende é tarefa que demanda tempo e paciência, o que falta para a torcida e tem faltado para a diretoria. A proposta de jogo do Mister é muito boa. Quem viu o time do Cuiabá jogar sabe do que eu estou falando.

    Por sorte, o Raniele, que era o principal jogador do Cuiabá na última temporada, ao lado do Deyverson, veio para o Corinthians. O Raniele e o Garro é que devem substituir Cássio e Fagner na estruturação do time.

    Quanto ao Cássio e ao Fagner, lamento dizer, são os maiores problemas que o Mister tem que enfrentar. É difícil você chegar para um profissional excelente, mas que não é mais o que foi, dizer que ele vai cumprir uma outra função. O Cássio e o Fagner podem ser mantidos no elenco, mas não podem mais ser donos do time. Prefiro o Matheus Donelli no gol e qualquer outro jogador no lugar do Fagner. Enquanto isso, a diretoria deve fazer todo um trabalho para encaminhar uma saída honrosa, pela porta da frente, para os dois atletas, para evitar que toda a história que eles construíram no Timão vá para o lixo.

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