Pedro Marques
Parabéns pelo tópico.
em Bate-Papo da Torcida > O caso Vini Jr e a repercussão na Fiel
Em resposta ao tópico:
O recente caso Vini Jr no campeonato espanhol realça a necessidade do clube tomar uma atitude urgente muito além de apenas mostrar 'solidariedade' nas suas redes sociais.
É preciso olhar para o próprio umbigo e entender que o que aconteceu lá aconteceu no último Majestoso na nossa Arena e escapamos de uma punição naquele dia graças ao desconhecimento do árbitro em relação às orientações da FIFA.
Declarações do presidente da FIFA reforçam que a orientação para a arbitragem é interromper o jogo, pedir que o sistema de som do estádio informe para pararem os gritos homofóbicos (relembrando que a homofobia está equiparada com o racismo na nossa legislação) e, caso não parem, encerre o jogo e o clube responsável é penalizado, no mínimo, com a perda dos 3 pontos para o clube ofendido.
Ou seja, se antes era 'liberado' gritos de qualquer natureza nas arquibancadas isso não está mais sendo aceito e, assim como aconteceu com o uso de sinalizadores, as torcidas precisam revê-los, adequá-los ou bani-los dos estádios seja como mandante ou visitante já que a perda de pontos não faz esta distinção.
A sociedade evolui lentamente, seja melhorando ou até piorando, e é preciso se adaptar às novas regras em prol da melhor convivência possível entre todos os grupos.
Isso também afeta diretamente no futebol feminino, onde a torcida tem muito mais famílias, mulheres e crianças, e se utiliza os mesmos gritos de guerra do masculino com palavrões e ofensas às jogadoras adversárias e árbitras. Já vi na Fazendinha pais tampando os ouvidos de seus filhos menores nestas horas visivelmente constrangidos, assim como crianças pequenas proferindo palavrões sem entender o significado deles.
Voltando ao caso do Vini Jr, apesar da falta de atitude da federação espanhola, a repercussão mundial acabou trazendo a discussão sobre o VAR que causou a expulsão injusta dele, sem nenhuma menção a agressão sofrida antes. E lá a multa ao Valência foi de 240 mil Euros (mais de R$ 1,2 milhões) e vários jogos com o setor interditado.
Fica a reflexão que o clube precisa tratar com suas torcidas organizadas na Arena, principalmente, mas nos demais estádios também para evitar não apenas os prejuízos financeiros em multas ou portões fechados, como com a perda de pontos que, na atuação atual, seriam catastróficos para o futuro nas competições.