Ex-diretor financeiro do Corinthians se coloca contra impeachment de Augusto Melo
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Por Matheus Fiuza, Rodrigo Vessoni e Tomás Rosolino
Na noite desta segunda-feira, Rozallah Santoro, ex-diretor financeiro do Corinthians, concedeu entrevista exclusiva ao Meu Timão. Entre diversos temas, o conselheiro do clube aproveitou para minimizar um possível impeachment do presidente Augusto Melo em meio à polêmica saída da VaideBet.
"Vou retornar para o Conselho (Deliberativo). Sou contra (o impeachment). Espero que a gente, nós conselheiros, tenha a capacidade de entender motivos técnicos e motivos políticos. De novo, a mesma coisa que falei sobre VaideBet. No atual curso das investigações, o que tem hoje não é uma quebra de contrato justificável (sobre a VaideBet), tampouco material para suspensão de mandato de presidente", afirmou Rozallah.
São necessárias 51 assinaturas para andamento do pedido, que ainda teria 30 dias como prazo para análise de Romeu Tuma Jr, presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians. De acordo com o artigo 106 do estatuto do clube, os motivos para destituição de presidente e vice-presidente são os seguintes:
- ter ele praticado crime infamante, com trânsito em julgado da sentença condenatória;
- ter ele acarretado, por ação ou omissão, prejuízo considerável ao patrimônio ou à imagem do Corinthians; não terem sido aprovadas as contas da sua gestão;
- ter ele infringido, por ação ou omissão, expressa norma estatutária;
- prática de ato de gestão irregular ou temerária (neste caso, o administrador é afastado imediatamente, após decisão da Assembleia Geral, e ficará inelegível por um período de dez anos).
Rozallah Santoro integra o Movimento Corinthians Grande (MCG), um dos principais grupos políticos da base aliada de Augusto Melo. Apesar da insatisfação com a condução do mandatário diante do suposto esquema de "laranja" por parte da empresa intermediária no acordo entre Timão e VaideBet, o ex-dirigente ressaltou que o grupo não vê sinais para interrupção da gestão.
"Faremos o que for necessário e o que estiver no nosso alcance para seguir o estatuto. É uma posição do grupo, que é um pouco mais radical. Nesse momento, o assunto não existe", complementou.
O mais recente diretor financeiro do clube deixou o cargo no início de junho, ao lado de Fernando Alba, então diretor adjunto de futebol - ambas as funções seguem vagas, além de outros diretores. O espaço deixado por Rozallah, que retornará ao Conselho Deliberativo do clube, deve ser ocupado por Pedro Silveira, como noticiou o Meu Timão.