Rozallah Santoro não vê cenários para que o Corinthians adote modelo SAF
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Por Matheus Scontre, Tomás Rosolino e Rodrigo Vessoni
Na noite desta segunda-feira, o ex-diretor financeiro do Corinthians, Rozallah Santoro, concedeu uma entrevista exclusiva ao Meu Timão. Durante o papo, o profissional foi questionado sobre o tema SAF e não titubeou.
Rozallah Santoro disse que a pauta ainda é tratada como um tabu e afirmou que não enxerga cenários para que o clube alvinegro adote o modelo. O profissional da área de finanças também não demonstrou apoio total, mas disse ser favorável a estudos do formato.
"Tem coisas que viram tabu, SAF é uma delas. Não vejo nenhum cenário no qual o Corinthians tenha um investidor majoritário e adquira controle do clube. Não vejo isso possível em nenhum cenário. Óbvio que, se não encarar a dívida e cumprir o que está no orçamento, cortar as despesas, óbvio que, manter o rendimento esportivo. Eventualmente, vamos gastar mais, mas a palavra é equilíbrio. Sem fugir do assunto, 'favorável' é muito forte, mas sou favorável a estudar", disse Rozallah.
O ex-diretor financeiro do Timão também apresentou uma alternativa, que basicamente consiste em vender uma parte do clube para a torcida. Rozallah chegou a utilizar o Green Bay Packers, equipe de futebol americano, e Real Sociedad, time de futebol espanhol, como exemplos.
"Uma alternativa é vender um pedaço para a torcida, é um modelo de sucesso num time de futebol americano que vem jogar aqui em setembro, o Green Bay Packers. A Real Sociedad tem esse modelo, os torcedores são donos da empresa Real Sociedad", comentou o profissional.
"Green Bay é uma cidade de 120 mil habitantes, eles têm 300 mil donos, que moram no Canadá e em outros estados, e quiseram comprar um pedaço. Isso financia a reforma do estádio. O torcedor, quando compra, não paga mensalidade, ele é dono do clube. É um modelo que vale o estudo, mas não é algo que vai ser feito unilateralmente. Se não falarmos a palavra SAF, tem aceitação, mas é para torcida", continuou.
A Sociedade Anônima do Futebol (SAF) é um tipo específico de empresa que alguns clubes brasileiros, como Botafogo e Cruzeiro, optaram por adotar desde 2021. Este modelo de clube-empresa traz mudanças nas estruturas e gestões das agremiações esportivas.
O modelo habilita a possibilidade de um investidor assumir o controle dessa SAF e se tornar o proprietário majoritário ou não das ações. Em termos simples, isso significa que o clube passa a ter um dono definido.
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