António Oliveira desconversa sobre expulsão e enxerga saldo justo em empate do Corinthians
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Por Matheus Fiuza e Matheus Quintino
Nesta terça-feira, o empate do Corinthians diante do Atlético-GO, por 2 a 2, pelo Brasileirão, ficou marcado pela expulsão de Gustavo Henrique ainda no primeiro tempo. O técnico António Oliveira admitiu que não viu o lance, mas reconheceu a necessidade da equipe em errar menos.
"Honestamente, não a vi, estava de costas para o lance e tenho que analisar. Mas todas as pessoas cometem seus erros, tem sempre direito a uma oportunidade. Acontece, foi um dos jogadores mais experientes nesta altura. É um fato, temos que parar de errar", disse em entrevista coletiva no António Accioly.
Após um carrinho aos 25 minutos, Gustavo Henrique impediu, nove minutos depois, que um lateral fosse cobrado rapidamente, sendo advertido com novo cartão amarelo e expulso do jogo. Com 1 a 0 no placar, António Oliveira não promoveu alterações na equipe, passando a mexer na escalação apenas aos dez minutos da etapa final, pouco antes do segundo tento de Yuri Alberto. O treinador português a demora nas mudanças e a proposta em cada substituição.
"A experiência também vai me dando que eu não preciso atuar. Independentemente de termos vários cenários para quando as substituições ocorrem, a equipe correspondeu da melhor forma. Abdiquei de saltar com os laterais e defender a largura com os pontas, dando conforto aos de trás poderem gerir o espaço interior, e basicamente abdiquei dos dois centrais do adversário, que não constroem, e coloquei o Yuri no volante. A partir do momento que o adversário abdica de um médio e coloca mais um na frente, coloca mais gente na última linha, tivemos desgastes dos nossos pontas, com dificuldade de controlar a largura", explicou.
"Com 15 minutos coloquei Caetano, uma situação com quatro, três médios e dois na frente. Depois abdico do Coronado e coloco Yuri à direita, com três médios e sabia que eles teriam vantagem por fora, com os laterais projetados, e Yuri e Wesley teriam espaço. Repare também que com três médios e um avançado, acabo por jogar com uma linha com quatro e uma de cinco, com dois pontas a defender na largura. Não conseguimos rodar no lado direito bem a linha. Foi um jogo onde os jogadores tiveram que sofrer, trabalharam muito e souberam aproveitar suas oportunidades", completou António.
O clube alvinegro, porém, não conseguiu sustentar a vantagem de dois gols, após gol contra de Cacá e pênalti cometido por Hugo, convertido por Shaylon já nos acréscimos. António Oliveira lamentou as trocas nas estratégias devido à expulsão, mas reconheceu que, pela pressão imposta pelo adversário, o resultado foi justo, além de elogiar a entrega do elenco alvinegro.
"Dentro daquilo que preparamos, acaba sendo desvirtuado pela expulsão. É evidente que fomos ao encontro do que o jogo pedia e o adversário oferecendo, fizemos mudanças estruturais para nossas necessidades. Nessa perspectiva, acaba por ser pouco, por estar 2 a 0, é evidente que o adversário teve ocasiões para não perder o jogo e acaba por ser justo. É preciso frisar o orgulho que tenho pelos jogadores, a coragem que tiveram com menos um, em uma situação que a equipe e o clube vivem. Foram guerreiros, heróis, por estarem nessa desvantagem numérica, correram mais", afirmou o treinador.
O empate tira o Corinthians da zona de rebaixamento, com seis pontos, na 15ª colocação. O Timão, no entanto, chega pressionado para o Majestoso diante do São Paulo, no próximo domingo, pela nona rodada do Brasileirão. A bola rola às 16h, na Neo Química Arena.