Delegado fala pela primeira vez sobre Corinthians e VaideBet
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Por Meu Timão
Segundo o delegado Tiago Fernando Correia,
Jozzu/Agência Corinthians
A Polícia Civil de São Paulo está investigando o Corinthians, a VaideBet e o intermediário do acordo, que é acusado de usar uma "laranja" no negócio. Na última sexta-feira, o delegado responsável pelo caso, o Tiago Fernando Correia, da Delegacia de Crimes Financeiros do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), falou pela primeira vez sobre as apurações.
Em entrevista ao programa "Brasil Urgente", o delegado explicou que neste momento vão "percorrer o caminho do dinheiro para entender quem está se beneficiando dessa ilegalidade". Segundo matéria divulgada pelo jornalista Juca Kfouri, a Rede Social Media Design LTDA repassou os pagamentos da intermediação - cumpridos rigorosamente por Marcelo Mariano, braço direito de Augusto Melo que passou por cima até por Rozallah Santoro, agora ex-diretor financeiro - à Neoway Soluções Integradas em Serviços LTDA.
"Nós estamos buscando entender o contexto e o cenário para entendermos como essa empresa, Neoway, foi constituída", pontuou o delegado. "Tudo indica que a composição dessa empresa fictícia foi feita para a promoção de lavagem de dinheiro e de capitais".
Um dos sócios da Rede Social Media Design LTDA é Alex Cassundé, que participou da campanha de Augusto Melo durante as eleições. Quem os apresentou teria sido Sérgio Moura, superintendente de marketing que pediu licença recentemente - relembre todo o "Caso VaideBet" clicando aqui. Apesar da correlação, a Polícia Civil, neste momento, não está considerando ninguém da diretoria do Corinthians como investigado.
"Nesse momento inicial das investigações, nem o Augusto Melo ou qualquer diretor do Corinthians são considerados investigados", explicou Tiago Fernando Correia.
Em meio a toda essa polêmica, a VaideBet decidiu utilizar a cláusula anticorrupção prevista em contrato e encerrar a parceria na última sexta-feira. Além da perda do patrocínio, Augusto Melo viu cinco diretores deixarem sua gestão, aumentando a pressão nos bastidores.