António Oliveira defende uso dos três zagueiros e esclarece nova formação em derrota do Corinthians
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Por Matheus Fiuza, Matheus Quintino e Vitor Chicarolli
António Oliveira esclareceu que a estrutura utilizada não foi a responsável pela derrota diante do Flamengo
Rodrigo Coca / Agência Corinthians
O Corinthians foi superado pelo Flamengo, neste sábado, e saiu derrotado, por 2 a 0, no Maracanã, pelo Brasileirão. O treinador António Oliveira analisou o resultado e não viu um domínio do adversário como mostrado nos números.
"Acho que foi um jogo em que a primeira parte o domínio territorial, em termos daquilo que é posse, (foi do) adversário, com algumas oportunidades que foi criando. Faltou-nos alguma profundidade na primeira parte para podermos, eventualmente, criar, naquilo que era o plano estratégico, algum frisson no último reduto do adversário. Uma segunda parte mais equilibrada. Evidente que o adversário já estava em ganhando o jogo. Portanto, (tinha) domínio do Corinthians", disse em entrevista coletiva após o duelo.
O Timão saiu atrás do marcador ainda no primeiro tempo, em chute de Pedro, após pressão e diversas chances do Flamengo, que pararam em Carlos Miguel até então. O técnico português trouxe a campo uma estrutura diferente para a equipe, com a entrada de Gustavo Henrique e uma defesa com três zagueiros. A situação mudou depois do segundo gol do adversário, no segundo tempo, com a saída de Cacá. Para António, a estrutura adotada não tem relação com o resultado do jogo.
"E já pegando o gancho da sua segunda pergunta, sob o ponto de vista estrutural, ela não tem nada a ver com aquilo que é o resultado do jogo. A expectativa do gol do Corinthians é superior à do Flamengo, portanto, e não foi depois por ter mudado para a linha de quatro que criamos muitas situações. Não tem nada a ver com isso. A equipe estava equilibrada, teve oportunidades no jogo, nos primeiros minutos a equipe até entrou bem na partida, pressionando o adversário, criando um desconforto para tentar tirar a confiança do adversário. Depois chegou ali aos 20 minutos, o adversário teve 10 minutos que nos colocou muito... porque nós tivemos muita ansiedade em quebrar rapidamente a linha pela densidade dos jogadores que eles tinham", explicou.
"Eles podiam até ter dez, mas isso não era algo que nos afligisse, dentro daquilo que são os espaços, não criamos para que o adversário conseguisse ferir. Tivemos alguma dificuldade com Wesley, de apreciação do espaço anterior, para a bola não entrar no Gerson e entrar fora. Portanto, uma dessas situações acaba por encher o gol. Mas eu acho que acaba por ser eficácia que acaba por ditar o resultado final do jogo", complementou.
O treinador voltou a lamentar os desfalques para a partida, principalmente para o setor de meio-campo. Além dos lesionados Fausto Vera e Maycon, que está praticamente fora da temporada, Raniele, titular do Corinthians, cumpriu suspensão pelo terceiro cartão amarelo. António comentou sobre os duelos perdidos e o impacto desse aspecto para o desempenho e resultado final.
"Outra situação, outro aspecto fundamental também teve a ver com muita taxa de duelo perdido. Isso é algo que a equipe tem sofrido ao longo da temporada sempre que os adversários conseguem levar isso para a dimensão física, portanto. E a ausência de alguns jogadores. Quem me conhece sabe a forma de eu abordar os jogos. Não os tendo, não tendo o Raniele, a ansiedade que se espera no meio de campo é grandíssima. Portanto, quem não tem cão, caça com gato. É basicamente isso. Essas perguntas... volto a repetir: não foi porque... também já ganhei com três. Não tem nada a ver com estrutura, tem a ver com comportamentos que são ou não cumpridos, tem a ver com a taxa de duelo ganho, tem a ver com recuperar a bola e devolver ao adversário", disse António.
O treinador, inclusive, lembrou de algumas situações em que o Corinthians quase abriu o placar e que poderia diminuir no segundo tempo, com Paulinho e Cacá, respectivamente. António Oliveira trouxe a responsabilidade para si por mais uma derrota, mas voltou a declarar que a estrutura utilizada não foi o problema diante do Flamengo.
"Portanto, é um conjunto de situações que acabam depois por massacrar, e parece que o adversário está sempre por cima do jogo. Não foi por uma questão estrutural, tanto que, antes do segundo gol do Flamengo, temos uma ocasião claríssima do Cacá para empatar o jogo. Já na primeira parte também tínhamos pelo Paulinho, furou a bola num escanteio. Uma clara oportunidade. Não foi por situações estrutural. E foi num momento em que o adversário realmente nos conseguiu ferir durante 15 minutos. Criou ali um volume, e o Carlos, realmente, esteve bem, mas se está lá é para isso. As vitórias são dos jogadores e a responsabilidade será sempre minha quando perdemos", concluiu.
Com o resultado, o Corinthians caiu para a 15ª colocação do Campeonato Brasileiro, com apenas cinco pontos conquistados em seis rodadas. O Timão aguarda o encerramento da rodada para saber se terminará na zona de rebaixamento, que tem o Vasco como primeira equipe, com três pontos.
