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O Corinthians precisa de mais 'Ranieles' (e não só para o meio-campo)
Matheus Fiuza

Jornalista formado pelo Mackenzie. Há 24 anos respirando e vivendo o Corinthians. Desde novembro de 2023 escrevendo para o Meu Timão.

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O Corinthians precisa de mais 'Ranieles' (e não só para o meio-campo)

Coluna do Matheus de Oliveira Fiuza

Opinião de Matheus Fiuza

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O Corinthians precisa de mais Ranieles (e não só para o meio-campo)

Raniele é aquilo que o corinthiano tanto pedia em um volante

Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Quando um jogador chega a um novo clube, é normal ouvir declarações comuns sobre o desejo de vestir camisa X, a alegria pela oportunidade, e por aí vai. Porém, a apresentação de Raniele ao Corinthians, no início de janeiro, passou uma visão diferente e mostrava que ali poderia surgir algo especial.

Nada melhor que um Dérbi histórico para começar a nutrir esse sentimento após um início de temporada categórico do jogador ex-Cuiabá. O 2 a 2 conquistado no suor e no jeito Corinthians foi salvo não só pelos gols de Yuri Alberto e Rodrigo Garro, mas pela "defesa" feita pelo volante no último lance, ao afastar a bola em cima da linha. Foi o chute de alívio para o goleiro Gustavo Henrique e toda a torcida alvinegra. A cereja do bolo da atuação de Raniele.

A cada vez que o volante se aproximava de um adversário, principalmente de Endrick, era nítida a segurança para desarmar, dividir, chegar junto e quebrar qualquer ataque. Era a alma de um time que encontrava problemas para se defender, ainda mais com outra partida abaixo de Fausto Vera, que substituía o lesionado e embalado Maycon. A verdadeira antítese de Raniele.

O Dérbi comprovou que o meio-campista é titular incontestável, mas expôs também que é preciso de mais Ranieles, que vai além de um mero destruidor de jogadas. O setor carece de peças e pode vir a ser um problema ao longo da temporada, já que Fausto não agrada, Maycon precisa manter o nível e Paulinho, que retorna de grave lesão, é uma incógnita. O garoto Ryan, que ousou representar o espírito corinthiano em terras peruanas no ano passado, contra o Universitario, quem sabe venha a dividir as obrigações com Raniele.

O Timão precisa desse cão de guarda e dessa personificação de um atleta que entenda o Corinthians. Nos mais recentes, Gabriel, campeão brasileiro, e Ralf, campeão de tudo sem receber um cartão vermelho, absorveram isso. É um sentimento que contagia, identifica e aproxima o torcedor.

É muito cedo para projetar qualquer futuro de Raniele no Corinthians. O Dérbi deixa uma sensação de virada, assim como foi em 2017. Ele chegou, vestiu a camisa e tratou o clube como "uma religião", expressão mais que perfeita do eterno Doutor Sócrates, que completaria 70 anos neste dia 19.

Que Raniele contagie quem estiver ao seu lado para entenderem o que é Corinthians. É a luta, a garra, o inexplicável, o inacreditável. Ele, sem dúvidas, já entendeu o que é preciso para vencer com o manto.

Veja mais em: Raniele e Dérbi.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Coluna do Matheus de Oliveira Fiuza

Por Matheus de Oliveira Fiuza

Jornalista formado pelo Mackenzie. Há 24 anos respirando e vivendo o Corinthians. Desde novembro de 2023 escrevendo para o Meu Timão.

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