O Corinthians chega para mais um mata-mata de Campeonato Paulista em sua história. Mas e aí, o que esperar? Sob novo comando o Timão apresentou novas armas, estilo de jogo diferente e alguns mesmos problemas de sempre.

Penso que muitos torcedores, inclusive eu, estavam com expectativas piores em relação ao trabalho de Fernando Lázaro para 2023. Com mais de dois meses de temporada, o treinador conseguiu trazer sua identidade para a equipe e tem uma ideia de jogo bem definida e clara.

Após algumas turbulências de início de ano o Corinthians parece ter se encontrado e me passa confiança quando entra em campo. O tão falado 4-4-2 de Lázaro ganhou forma e nomes que não eram esperados. Nos lugares de Fausto e Maycon aparecem Roni e Giuliano. Adson vem para o meio e passa a ter importância. Renato continuou sendo Renato.

Já no ataque temos um 10 e um 9. Guedes e Yuri. A dupla se completa, se procura, cria jogadas, acha espaços, marca gols e dá assistências. Ambos vivem momento de alta. Róger não abre brecha para críticas, enquanto o centroavante cresce em hora crucial e decisiva do Paulistão.

Lá atrás temos quatro pilares, além de um estrangeiro que nos ajuda (e muito). Começando com Cássio que não tem muito o que falar. As laterais com a experiência de Fábio Santos e a excelência de Fagner. Na zaga contamos com o incansável Gil e o uruguaio Bruno Méndez. Para muitos, no papel, não pode passar muita segurança, mas dentro de campo, assistindo aos jogos, conseguimos ver uma cara de Corinthians.

Mas e aí, o que esperar? Sabemos que a temporada é longa, mas para esse Paulistão vejo uma equipe que pode muito bem sair com o título. Elenco fechado, peças importantes no banco e meninos do Terrão ganhando espaço. Cada vez mais a cara do Corinthians.

Obviamente temos nossos problemas. Fora de casa o desempenho não é o mesmo, mas o que custa um pouco de sofrimento para quem é corinthiano?

Não estou dizendo que vai ser fácil ou que vamos ser campeões. Estou dizendo que podemos esperar um Corinthians com cara de Corinthians que não víamos há um tempo.

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