Jair não deixa saudade se sair, mas um legado merece destaque
Opinião de Andrew Sousa
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A zaga não evoluiu, a bola aérea segue sendo um problema e o ataque pouco produz. Em três meses de Corinthians, Jair Ventura passou longe de mudar a equipe de patamar. Por isso e pelo baixíssimo aproveitamento, a Fiel conta os dias para o adeus do treinador. Ninguém vai sentir saudade.
Em meio a tantos pontos negativos, porém, Jair merece crédito por algumas escolhas. Abraçando o projeto da diretoria, tentou dar sequência a uma série de jovens na equipe, além de aproximar, com auxílio do amigo Eduardo Barroca, a categoria Sub-20 do profissional - a estreia de Rafael Bilu neste domingo coroa esse trabalho.
Além do atacante, Fessin e Caetano também foram novidades constantes no banco, coisa que não vinha acontecendo com Osmar Loss em seu período como treinador.
Ainda falando nas Crias do Terrão, Jair tem grande mérito da consolidação de Léo Santos, bancado por ele desde que chegou e mantido mesmo após os erros. Nos últimos jogos, Carlos Augusto passa pelo mesmo processo, colocando Danilo Avelar na reserva.
E não foram só os jovens da base que ganharam espaço com Jair.
No meio de campo, Ángelo Araos ganhou constantes chances de se desenvolver e adaptar-se ao futebol praticado no Brasil - tende a melhorar ainda mais com uma pré-temporada. Na reta final, Thiaguinho, de 21 anos, também ganhou mais rodagem, assumindo a titularidade do setor.
Por menor que sejam as chances, cada minuto é importante para um jovem em desenvolvimento. Sem previsão de grandes reforços, são esses garotos que vão fazer o 2019 do Corinthians, seja com Jair, Carille ou qualquer outro treinador.
Sendo assim, deve deixar o Timão com esse ponto positivo em seu currículo. Fessin, Bilu, Carlos, Thiaguinho, Araos. Caso esses nomes tornem-se peças importantes em breve, haverá um dedo, mesmo que mínimo, do "quase ex-técnico" do Timão.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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