António Oliveira valoriza entrega do Corinthians e critica impacto da arbitragem em empate
3.5 mil visualizações 88 comentários Reportar erro
Por Matheus Fiuza, Victor Gomes, Vitor Chicarolli e Rodrigo Vessoni
António Oliveira não gostou do desempenho da arbitragem contra o Cuiabá
Jhony Inacio / Meu Timão
Nesta quarta-feira, o Corinthians tropeçou em casa diante do Cuiabá, por 1 a 1, pela 12ª rodada do Brasileirão. Após a partida, António Oliveira valorizou a entrega " de corpo e alma" do elenco alvinegro.
“Vocês têm que perceber as expectativas e entender que o grupo de jogadores de hoje se entregaram de corpo e alma. Teve atitude, teve entrega, teve paixão e teve raça. Houve os dez primeiros minutos da primeira parte, que foram inadmissíveis, e dez minutos na segunda parte que também foram inadmissíveis. A primeira vez que o adversário chegou, eles fizeram o gol. Na segunda vez, recebemos que não foi pênalti. Portanto, foram 20 minutos catastróficos da nossa equipe, e depois ficamos atrás do resultado. A equipe do Cuiabá eventualmente tem dificuldade quando sai à frente do marcador. Hoje, demos a oportunidade do adversário colocar o peixe na água", disse em entrevista coletiva na Neo Química Arena.
O Timão precisou remar o dobro depois de sair atrás no placar aos quatro minutos, com o gol de Marllon após cobrança de escanteio. Em meio ao resultado adverso, o técnico português não demorou a mexer na equipe, com a entrada de Pedro Raul na vaga de Caetano, ainda no primeiro tempo, e no intervalo com a troca na lateral-direita de Léo Mana por Matheuzinho. António explicou as motivações para as mudanças.
“As alterações são simples de interpretar. Ganhamos largura com Yuri (Alberto), quando ele vinha por dentro era Léo Mana que faria (a ponta-direita). Ganhamos mais peso dentro da grande área porque conheço muito bem Marllon e Alan (Empereur), que sabíamos que eles tinham dificuldades em situações de cruzamento, pela maneira que estão se defendendo. Puxei Raniele para zagueiro, até por ter mais velocidade lá trás e gosto de jogar zagueiros muito rápidos, ainda mais por controlar os ataques em profundidade de Pitta".
"Portanto, tentei fazer dois em um, ganhar peso na (grande área) e ganhar duelos, porque realmente sofremos muito com duelos, e jogamos contra a equipe que tinha um perfil físico alto e era a terceira com mais duelos ganhos no Brasileiro. (A entrada de) Matheuzinho foi porque Mana tinha amarelo", complementou.
O Timão demorou a reagir, mas foi com uma das substituições que a equipe alvinegra buscou o empate. Matheus Bidu, que entrou na vaga de Hugo, anotou um golaço pouco depois de entrar em campo para garantir o empate ao Corinthians. António Oliveira esclareceu as últimas mexidas, além de se mostrar insatisfeito com a qualidade das finalizações e a oscilação de Wesley, que foi substituído por Gustavo Mosquito no segundo tempo.
"E depois, (entrou) o Kayke porque a condição física de Coronado impactou no rendimento dele. Tentei fazer a construção ao contrário com Hugo projetado naquela situação e depois passou a ser Bidu, e com Matheuzinho mais recuado para controlar as transições de Derik, porque sabíamos que era por ali, e percebemos também que, por eventualmente sair uma transição, dando uma largura. São situações simples dentro da estrutura, tentamos de todas as formas, com Hugo recuado ou avançado e vice-versa com Matheuzinho. Agora acredito que a qualidade das nossas finalizações não é a melhor. Foi sem o Wesley que chegamos ao empate. É evidente que é um menino que está evoluindo e que está oscilando o desempenho, tem de criar mais volume no jogo para criar mais dificuldades e problemas diferentes", explicou.
Antes do tento de empate, o Corinthians sofreu um grande susto após o árbitro assinalar pênalti de Cacá em Pitta. O paraguaio, no entanto, parou em defesa de Matheus Donelli, que manteve a desvantagem até então em 1 a 0. O técnico do Timão decidiu criticar a marcação da arbitragem, relembrando outros lances polêmicos de possíveis pênaltis contra Igor Coronado, no primeiro tempo, e Pedro Raul, na etapa final.
"Eu percebo que olhamos para o Corinthians e, nessa altura, basicamente vejo que está no ringue e estão batendo nele. As pessoas vêm aqui e como é possível no lance do Coronado, ou no lance do Pedro Raul, que é ainda mais evidente. Pelo menos chamavam o VAR, igual chamaram numa situação que a falta se inicia fora da área. Portanto, é fácil, nessa altura, bater no Corinthians, ainda mais em casa, ainda mais o maçarico (expressão para uma pessoa sem experiência) que chegou aqui. É o primeiro jogo que faz, tem todo o direito. Mas em nenhum momento eu quero culpar a arbitragem, mas que ela tem impacto direto, ela tem", afirmou António.
Com o resultado, o Corinthians estaciona na 18ª colocação, chegando aos nove pontos após doze jogos no Campeonato Brasileiro. O Timão tentará encerrar a sequência de oito jogos sem vencer no torneio diante do Palmeiras, na próxima segunda-feira, às 20h, no Allianz Parque.
