António Oliveira diz que rival ‘abdicou rápido’ no Dérbi e parabeniza time do Corinthians
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Por Pedro Mairton, Rodrigo Vessoni e Vitor Chicarolli
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António Oliveira entende que o Palmeiras "abdicou rápido" do Dérbi, que terminou com empate heroico do Corinthians
Danilo Fernandes / Meu Timão
O Palmeiras “abdicou rápido” do Dérbi deste domingo, na Arena Barueri. Pelo menos foi a impressão do técnico António Oliveira, que viu o Corinthians ficar com dois gols de desvantagem no placar até os 42 minutos do segundo tempo, quando o Timão iniciou a reação com Yuri Alberto e, com nove jogadores em campo contra 11 do rival, buscou um empate heroico no último minuto do clássico com golaço de falta de Rodrigo Garro.
“O futebol é razão, mas em alguns momentos também é emoção. Evidente que com tantos episódios que passaram no jogo fica difícil transmitir algo dentro daquilo que já era mais com o coração do que com a razão. Percebemos que o adversário abdicou rápido do jogo, mas nós, com uma equipe guerreira, nunca desistimos. Eles honraram a camisa do Corinthians e eu, enquanto técnico, os torcedores e a diretoria, estamos muito orgulhosos deles”, disse António Oliveira em entrevista coletiva após o jogo.
Apesar de entender que o Palmeiras abdicou do jogo cedo, o comandante do Timão preferiu não se aprofundar no assunto e parabenizou os jogadores do time alvinegro pela postura nos últimos 20 minutos do Dérbi.
“Isso (abdicar do jogo) tem que perguntar ao treinador do Palmeiras. Nossa intenção sempre foi buscar o resultado desde o início, competir com o adversário, que é competitivo. Em alguns momentos conseguimos ter mérito, em outros o adversário se sobressaiu, mas nos últimos 20 minutos tomamos conta do jogo e fomos felizes, mas procuramos essa felicidade. Parabéns aos meus jogadores que nunca desistiram e todos aqueles que estiveram o espírito de equipe, aqueles que não entraram e revela a união, que como treinador me deixa satisfeito”, parabenizou o técnico do Timão, que exaltou mais uma vez o elenco corinthiano.
“Deu para entender aquilo que já sabia quando aceitei estar nessa cadeira. Tenho um grupo com caráter e só um grupo com qualidade, dentro das circunstâncias do jogo, consegue chegar ao empate após perder por 2 a 0”, disse o treinador corinthiano em outro trecho da partida.
Apesar do Corinthians ter cedido bastante chances ao Palmeiras no decorrer dos 90 minutos, António Oliveira entende que o adversário foi superior devido aos erros da equipe alvinegra e comparou o número de finalizações de cada clube no clássico.
“O adversário teve 20 finalizações e apenas cinco na baliza, e (nós) tivemos 13 e seis na baliza, acertamos mais no alvo que eles. Na primeira parte o adversário tirou proveito de erros técnicos e duelos que perdemos e eles estavam sempre mais perto. Em termos de organização o adversário não nos conseguiu ferir, foi mais demérito nosso daquilo que não conseguimos fazer, do que mérito do adversário. Percebemos a valência deles, isso é inegável, mas dá para perceber aquilo que sabia, que tenho grupo de homens, de qualidade e o futuro para nós só pode ser risonho”, explicou.
Análise tática do confronto
Uma das principais mudanças táticas de António Oliveira foi a presença de Raniele entre os zagueiros quando o Corinthians está defendendo, realizando uma linha de cinco defensores. O técnico falou sobre a função do volante, na qual era orientado pelo comandante a obedecer a ordem desde o Cuiabá.
“Quem conhece e quem faz as análises do jogo percebe as dinâmicas que criamos com o Raniele entrando na linha. Não é novo. Em alguns momentos tivemos êxito, em outros tivemos receio de pôr lateral com lateral, mas (fomos) bem sucedidos em muitas delas”, disse António Oliveira.
Além disso, o Timão está jogando com três zagueiros na construção do jogo, com os laterais posicionados mais na frente pelas beiradas do campo. O comandante explicou sobre a necessidade de treinar a equipe para executar melhor as funções em campo.
"O jogo do Palmeiras é prático, de estruturação nas costas. Quem consegue analisar o Corinthians, consegue ver alguns padrões defensivos e um deles é esse. Temos uma estrutura estática que é 4-3-3, dinâmica dentro daquilo que são nossos processos defensivos. Portanto, em termos ofensivos construímos a três, com laterais baixos. Evidente que tivemos apenas quatro treinos para aplicar algumas coisas, porque é através da repetição que conseguimos melhorar. A tendência é que a equipe melhore, porque é o terceiro jogo e o espaço é curto e a recuperação é determinante”, concluiu.