Neo Química Arena: nova gestão do Corinthians detecta irregularidades na administração dos camarotes
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Por Rodrigo Vessoni
A nova gestão do Corinthians detectou irregularidades na distribuição e na administração de parte dos camarotes da Neo Química Arena. Ao todo são 89 espaços no estádio corinthiano inaugurado em maio de 2014.
O portal Meu Timão apurou que após uma análise minuciosa dos documentos, encontrou-se diversas anormalidades, como contratos inadimplentes, contratos vencidos, contratos com valores antigos e defasados, além da cessão de espaço a pessoas que orbitam no futebol sem relação comercial com o clube.
Diante desse cenário, a nova gestão tomou a decisão de lacrar os camarotes e contatar seus proprietários. Um prazo está sendo dado aos responsáveis para regularização dos contratos. Ainda não há um cálculo final do prejuízo financeiro.
Os quase cem camarotes da Neo Química Arena têm uma capacidade total de 2.814 pessoas. Os espaços, distribuídos no 5º e 6º andares do estádio, possuem capacidades diferentes, sendo a imensa maioria de 12 ou 24 lugares. Há ainda sete camarotes festas, que comportam bem mais pessoas.
Os preços dos espaços variam de R$ 280 mil a R$ 350 mil, com diferenciação de preço pela localidade dos mesmos (escanteio, grande área e meio de campo) e a respectiva capacidade.
A reportagem do Meu Timão entrou em contato com o Corinthians para comentar sobre essa revisitação dos contratos dos camarotes. Por meio da assessoria de imprensa, o clube informou que "os camarotes da Neo Quimica Arena são propriedades extremamente valorizadas e cobiçadas no mercado. Ou seja, representam potencial fonte de receita para o Corinthians. Por isso, devem ser tratados e comercializados de maneira profissional, seguindo modelo adotado nos estádios mais modernos do mundo."
"Vocês não têm ideia da pressão que estou sofrendo"
Após a partida contra o Guarani na Neo Química Arena, numa pergunta que nada tinha a ver com renda e público daquele jogo, o presidente Augusto Melo fez questão de contar que um dos setores ficou vazio (sem citar os camarotes), além de citar uma enorme pressão sofrida nos bastidores diante desse assunto.
"Nós só faremos negócios que são bons para o Corinthians. A pressão é grande, vocês não têm ideia do que eu estou sofrendo de pressão. Vocês viram a renda? Viram a ala mais vazia? E com ingresso a 22 reais (norte e sul). Ou seja, a renda não mudou em relação ao ano passado. Vocês não tem noção da pressão que estou recebendo em relação a isso. Acabou! O Corinthians agora é administrado por pessoas sérias, que querem o bem do Corinthians. Pode fazer a pressão que quiser, vamos aguentar até o final", afirmou o mandatário naquela ocasião.