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Choque elétrico quase matou torcedor do Corinthians anos antes de tragédia nos arredores da Arena

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Arredores da Neo Química Arena teve torcedor eletrocutado na partida contra o Fortaleza

Arredores da Neo Química Arena teve torcedor eletrocutado na partida contra o Fortaleza

JP Drone/Meu Timão

No dia 27 de setembro de 2023, em partida do Corinthians contra o Fortaleza na Neo Química Arena, válida pelo jogo de ida das semifinais da Copa Sul-Americana 2023, o corinthiano Rafael Suman Brolezi, de 16 anos, natural de Águas de Lindóia, em São Paulo, morreu após levar um choque em um poste de iluminação na Rua Doutor Luiz Ayres, nos arredores do estádio alvinegro. Rafael Brolezi estava acompanhado do seu primo de 43 anos em sua vinda para a capital paulista.

O fato aconteceu após a partida pelo torneio continental e levou o jovem torcedor a óbito. Ele chegou a ser levado de ambulância para a Unidade de Pronto Atendimento de Itaquera e em seguida para o Hospital Planalto, mas não resistiu. O caso foi registrado no 65º Distrito Policial de São Paulo, sendo transferido para o IML de Arthur Alvim.

Essa, porém, não foi a primeira vez em que um torcedor foi eletrocutado em um poste de iluminação perto da Neo Química Arena. Em novembro de 2021, outro torcedor do Corinthians levou uma forte descarga elétrica em um poste na rua Doutor Luiz Ayres. Gabriel Ponczyk, que tinha 25 anos na data do acontecimento, também sofreu um grande choque perto do estádio do Timão.

Gabriel Ponczyk vai frequentemente nos jogos do Corinthians na Neo Química Arena

Gabriel Ponczyk vai frequentemente nos jogos do Corinthians na Neo Química Arena

Gabriel Ponczyk

O corinthiano, que possui 27 anos nos dias atuais, conversou com o Meu Timão sobre o trauma sofrido e como tudo ocorreu nas horas seguintes devido às consequências do choque. Ele estava acompanhado de um amigo e da ex-namorada.

"Foi no dia 1º de novembro de 2021, Corinthians um, Chapecoense zero, gol do Róger Guedes. Tava chuviscando nesse dia e a gente parou o carro no estacionamento que fica na frente do McDonald's (do Shopping Metrô-Itaquera) e eu desci a rua para atravessar a avenida, atravessando pelo guard rail (foto abaixo do local). Atravessei o primeiro guard rail da avenida e não deu nada, quando eu atravessei o segundo, eu apoiei o celular, tava com ele na mão e aí eu caí. Eu senti algo bem estranho, estava com uma amiga e um amigo e o pessoal falou lá: 'o moleque tropeçou, o moleque tropeçou'", contou o corinthiano.

"Eu falei que aconteceu alguma coisa estranha, eu cai, mas não foi que eu tropecei. 'Acho que eu tomei um choque'. Porque foi uma carga elétrica muito forte e o pessoal achou que eu tropecei, mas não tinha sido isso", revelou Gabriel.

Com o fato ocorrido, Gabriel Ponczyk disse que sempre fez esse caminho para a Neo Química Arena quando vai de carro para os jogos do Timão no estádio. Além disso, o torcedor revelou que outros tantos corinthianos percorrem o mesmo trajeto para chegar à Arena.

Local em que Gabriel Ponczyk sofreu o choque perto da Neo Química Arena

Local em que Gabriel Ponczyk sofreu o choque perto da Neo Química Arena

Google Maps

"É um processo pelo qual quase todos os torcedores que param no estacionamento (do Shopping Metrô-Itaquera) passam: atravessar a avenida por esse guard rail. Fui ver a minha perna e ela ainda estava tranquila. Fui para o jogo e já estava com um pouco de mal-estar, mas vi o jogo tranquilo e o Corinthians ganhou por 1 a 0 (contra a Chapecoense), voltei de carro e parei para comer", falou.

O torcedor disse que, quando viu a perna, ela estava com um grande hematoma roxo. No dia seguinte, foi ao médico para realizar exames e escutou que não perdeu a vida por pouco, pois o choque foi pelo lado direito do corpo. Caso a carga elétrica fosse do lado esquerdo, ele correria o risco de a descarga passar pelo coração e causar o seu óbito.

"Quando parei para comer, eu levantei a minha perna e ela tava totalmente roxa. Falei: 'acho que deu merda'. Fui pra casa, dormi e, quando acordei no dia seguinte, fui pro hospital e o médico me deu uma bronca porque eu devia ter ido antes. Eu tive uma queimadura por conta do choque, mas foi pelo lado direito do corpo. Por sorte, o choque entrou pela mão e saiu pela minha perna", contou Gabriel.

Situação da perna de Gabriel após o choque sofrido perto da Neo Química Arena

Situação da perna de Gabriel após o choque sofrido perto da Neo Química Arena

Gabriel Ponczyk

Com o episódio de Rafael Brolezi, quase dois anos após Gabriel ser eletrocutado nos arredores da Neo Química Arena, o torcedor disse que relembrou de tudo que aconteceu em 2021 e que recebeu diversas mensagens de amigos. Ponczyk disse que não havia qualquer aviso no local sobre perigo de acidente.

"Não tinha nenhum aviso de perigo no local. até porque é um caminho que a gente sempre fez e nunca deu problema, mas lógico que depois disso eu nunca mais fui por lá. Na época eu tava com a cabeça tão em choque pelo que aconteceu que eu acabei nem contatando o Corinthians ou a prefeitura para poder sanar. Mas, infelizmente, quando eu vi a notícia do garoto, que faleceu no mesmo lugar, passou todo esse filme na minha cabeça, muita gente me chamou e acho que realmente foi um milagre não ter acontecido nada. Eu tava intacto e sem nenhuma sequela, sem nada", finalizou Gabriel.

Meu Timão entrou em contato com o Corinthians, que diz já ter emitido a opinião sobre o caso em nota oficial no dia seguinte a morte do torcedor. O clube do Parque São Jorge não quis comentar além da nota de pesar divulgada.

Procurada pelo Meu Timão, a família do torcedor Rafael Suman Brolezi não respondeu as tentativas de contato. Apesar de serem casos similares, não se pode dizer se o local da morte de Rafael foi exatamente o mesmo do choque sofrido por Gabriel.

A subprefeitura de Itaquera comunicou ao Meu Timão que o caso está sendo investigado pela Polícia Civil. Além disso, a nota afirma que são feitas cerca de quatro mil checagens pela empresa responsável pela iluminação da região para analisar a tensão elétrica no local.

Confira a nota oficial da Subprefeitura de Itaquera sobre a morte do torcedor eletrocutado

"A SP Regula esclarece que o caso é investigado pela Polícia Civil. A concessionária Ilumina SA, junto com técnicos da SP Regula, vão produzir uma análise aprofundada do local do acidente para identificar possíveis falhas.

Todos os equipamentos que compõem a linha da Iluminação pública da Rua Doutor Luiz Ayres (canteiro central da via – local onde houve o acidente – e laterais), estavam funcionando normalmente quando ocorreu o fato, e foram devidamente verificados, além de passarem por testes para detectar se existe passagem de tensão.

De acordo com a concessionária, mensalmente são realizadas cerca de quatro mil vistorias para verificação de tensão de energia em postes na Capital".

Veja mais em: Neo Química Arena.

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