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Luxa evita relacionar vitória do Corinthians a protesto da torcida

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Por Gabrielle Senna e Vitor Chicarolli

Vanderlei Luxemburgo na Neo Químcia Arena em jogo pelo Brasileirão

Jhony Inácio / Meu Timão

Após a vitória do Corinthians contra o Santos por 2 a 0, o técnico Vanderlei Luxemburgo falou pela primeira vez sobre o protesto realizado por um grupo de torcedores na chegada do time na Baixada Santista, na última terça-feira. O treinador, inclusive, destacou que o triunfo não aconteceu por conta da manifestação.

Em entrevista coletiva, Vanderlei Luxemburgo disse que apesar da Polícia Militar ter dito que havia segurança, a delegação estava se sentindo desconfortável com toda situação. De acordo com o treinador, a melhor decisão para não colocar a vida dos atletas em risco e, de alguns torcedores, foi voltar para São Paulo.

“Queria falar para vocês, porque sei que vão me perguntar, então já vou me antecipar. Eu não dei nenhuma declaração sobre o que aconteceu ontem, não era por que tinha que dar declaração e sim por que tinha que estar preocupado com o jogo. Então agora, pós-jogo, temos que falar de algumas coisas que são importantes. A decisão de voltar ontem, nós conversamos com o presidente por telefone, ele não estava presente por que viria hoje, normal, e falamos que aqui estava com uma dificuldade muito grande de sairmos. Tem crianças, mulheres e torcedores de organizadas, mas tinham também torcedores que foram lá simplesmente para pegar um autógrafo ou pegar uma foto com a gente", iniciou o treinador.

"Se nós descêssemos ali, a Polícia Militar falou que tinha segurança, mas nós dentro do ônibus estávamos sentido desconfortável, porque se quebra um vidro, se sai um conflito, crianças, senhoras, mulheres, poderia causar uma coisa muito desagradável e tivemos bom senso de voltarmos para São Paulo, acabar com o tumulto. Voltamos para a concentração, voltamos hoje com a Polícia Militar fazendo nossa segurança e chegamos ao estádio aqui para jogar e jogamos um jogo de futebol, que é o que tem que ser, ganhar dentro do campo de jogo", prosseguiu.

Luxemburgo disse que diferentemente do que estão falando, o Corinthians ganhou o jogo por que treinou bem e trabalhou esses dez dias, não por conta do protesto. O técnico ainda disse que o grupo quer paz para trabalhar e alertou que a pressão não faz o time ganhar, muito menos a violência.

"Então, lamentar, porque, às vezes, as pessoas falam tantas coisas, como falaram aqui, que nós, o presidente queria que não jogássemos. Não existe isso. Alguém fica inventando coisas como se fossem fatos concretos e criando uma situação desagradável para nós. Então só temos que lamentar. Os jogadores não ganharam o jogo por causa de ontem, ganharam por que treinamos bem dez dias, nós preparamos bem para um jogo difícil fora de casa. O que o futebol precisa, na grande verdade, e vocês são os percursores disso, porque nossa voz chega através de vocês a todo mundo. Nós queremos paz para trabalharmos. Ou você acha que uma pressão vai fazer você ganhar? Para você ganhar é trabalho ao longo do tempo, uma competição não termino, como a gente vê as críticas, começou o campeonato com três rodadas já está na zona de rebaixamento, mas nós temos mais 35 rodadas pela frente, como você pode determinar aquilo que vai acontecer com três rodadas? Quantas pessoas já se equivocaram em análises precoces, em falar que fulano vai ser campeão, o outro não vai, muda muita coisa todo dia", disse o comandante alvinegro.

"Acho que esse bom senso precisa existir no futebol e ter paz para nós trabalharmos. Quantas vezes vocês viram pessoas que vão aos hotéis, vão ao CT, vão encontrar com a gente na rua e de repente sofrem agressões desnecessárias, porque alguém cismou de apelar, de fazer pressão através da violência. Não existe isso. Essas pessoas que nos somos ídolos, eles querem tirar uma foto e uma foto dura dez segundos e a pessoa vai embora contente. Infelizmente ontem o bom senso fez com que nós voltássemos para São Paulo e pudéssemos descansar para voltar para o jogo hoje", prosseguiu.

O comandante alvinegro também lamentou a atitude da torcida rival nos minutos finais da vitória do Corinthians sobre o Santos, na Vila Belmiro. Luxemburgo disse que quem sai prejudicado é o clube, assim como o Timão que foi punido pelas cânticos homofóbicos no clássico contra o São Paulo.

"Então a gente tem que lamentar tudo isso dizer que é ruim para o futebol, a imagem do futebol brasileiro fica sempre arranhada em respeito a isso e vocês da imprensa. A gente respeita, mas são as pessoas que vão fase essa coisa mudar, porque nós só conseguimos chegar dentro da casa da pessoa através de vocês. Não vamos criar bom senso, seja lá o que for, se não for através de vocês. Então era isso que eu queria falar, nós voltamos e foi uma decisão sábia para evitar qualquer tipo de problema. O que nos vimos hoje, lamentável, já trabalhei aqui na Vila Belmiro, quem sai prejudicado é o clube. Quem saiu prejudicado com falas homofóbicas? Foi o Corinthians que perdeu mando de campo. Isso tudo tem que colocar em conta, tem saber como funciona. O Fluminense, um mês e meio atrás, era a sensação do futebol brasileiro, um mês e meio depois passou a não prestar, e vai a torcida, porrada em jogador, aonde nós vamos parar? Nós só queremos paz para poder trabalhar. Tenha bom senso, só isso”, completou.

Por fim, o treinador disse que o retorno para São Paulo ainda permitiu que o elenco descansasse e se preparassem para jogar. Luxemburgo ainda ressaltou que não teve nenhum preparo tático antes do jogo, apenas uma palestra e na parte emocional dos jogadores.

“A a nossa atitude de voltar ontem fez com que os jogadores não vivenciassem coisas ruins, não ia somar nada para nós. Nós voltamos sem falar nada, não tomamos porrada, não houve ameaça, os jogadores voltaram, descansaram e se prepararam para jogar. Quando tivemos a atitude de voltar ontem, tiramos os jogadores de alguma coisa que seria desconfortável de quem está voltando para um jogo decisivo. Hoje não saímos de lá fizemos a palestra aqui, não fizemos lá, porque é muito tempo de viagem, chegamos aqui eu fiz a palestra, não teve a parte tática por que já trabalhamos isso nos dez dias, só passei aquilo que pontualmente nós queríamos. Aí teve a parte emocional, que é uma coisa do jogo”, finalizou o treinador.

O presidente Duilio Monteiro Alves, do Corinthians, também falou sobre o protesto e disse que o clube iniciará uma conversa interna para repensar a melhor forma de prosseguir.

Veja mais em: Vanderlei Luxemburgo e Torcida do Corinthians.

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