Luxemburgo fala sobre estratégia contra o Fluminense e parabeniza jogadores: '70% deles'
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Por André Udlis e Rodrigo Vessoni
Vanderlei Luxemburgo vem pedindo mais intensidade para os jogadores nos treinos
Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Vanderlei Luxemburgo falou sobre a vitória do Corinthians contra o Fluminense, por 2 a 0, válida pelo Brasileirão 2023, e elogiou a atuação da equipe em campo. Após a partida, o treinador comentou o que vem pedindo para o time no dia a dia, exigindo dos jogadores mais intensidade nos jogos.
Luxa ainda disse que traçou o plano de jogo de acordo com as características do Fluminense. Sabendo que a equipe treinada por Fernando Diniz gosta de ter mais a posse de bola, o técnico do Corinthians decidiu deixar o time mais forte na marcação e sem pressionar no ataque.
“Hoje fizemos uma partida consistente. O que faltava, que eu cobrava internamente já que não gosto muito de falar essas coisas externamente, é que nós temos que competir. O futebol ficou muito competitivo, então quando você iguala em competição, aflora seu talento. Eles têm talento (jogadores do Corinthians). A equipe do Fluminense é muito bem treinada pelo Fernando Diniz e é uma das equipes que tem condições de ganhar o Campeonato Brasileiro. Se nós não competíssemos, não teríamos o resultado. A estratégia foi traçada contra uma equipe que sabe jogar bola e nós conseguimos trazê-los para nosso campo marcado. A marcação começa na intermediária, vai entregando (espaço), mas quando chega na intermediária, o time está bem distribuído”, afirmou.
Luxemburgo elogiou o ataque na partida, afirmando que Yuri Alberto e Róger Guedes se entenderam bem em campo e fizeram uma boa dupla. Além disso, o treinador exaltou a volta de Renato Augusto aos gramados após lesão.
“Nós encontramos aquele espaço com Yuri e Róger, dois jogadores que se buscaram bastante no jogo de hoje. Tivemos também finalizações de fora da área, com Maycon que pega bem na bola. Uma série de coisas boas aconteceram, por exemplo a volta do Renato ao time depois de uma cirurgia, onde achamos espaço ali fora da área. Me recordo muito bem que o Fluminense fez isso muito bem feito contra o Flamengo, diminuiu os espaços do Flamengo ali, é complicado, você precisa ter um passe muito preciso para chegar na área. Os jogadores estão de parabéns, essa vitória é de um percentual meu de 30%, e 70% dos jogadores”, disse.
Sobre a forma como o Corinthians jogou, impedindo que Cano e Ganso conseguissem ser efetivos na partida, Luxemburgo disse que planejou o Corinthians dessa forma. Vanderlei afirmou que a tentativa era explorar os contra-ataques com velocidade.
“Claro que eles são talentosos e vão achar um momento. O Paulo Henrique Ganso, quanto mais ele tiver congestionado, mais ele vai achar um cara sempre em uma situação. Ele agora é um jogador que busca, saí, vem jogar, é um jogador que eu sempre gostei muito, é talentoso, é craque. Mas, eu acho que o Cano gosta um pouco mais de metida de bola para finalizar e ele não teve essa possibilidade de finalização. Acho que essa foi a condição. As jogadas, como o Fluminense joga, com as linhas mais no nosso campo de defesa, entram com a linha no nosso campo, aí os contra-ataques ficam mais evidenciados”, comentou Luxa.
Por fim, Luxemburgo disse que armou o Corinthians para se defender mais no campo de defesa, pois sabe que o desejo do time de Diniz é a marcação pressão. Com isso, a equipe se postou grande parte atrás da linha da bola e não deu espaço para que as jogadas de triangulação tivessem efeito contra o Timão.
“Se me permite discordar de você numa situação: em momento algum eu marquei o Fluminense em cima. Porque eu falei para você numa entrevista que o campo aumentou 16,50 metros. Aí o pessoal falou: 'O campo continua do mesmo tamanho'. Acho que foi no Rio de Janeiro. E o campo aumentou 16 metros hoje. Porque hoje o jogo começa com o goleiro e os zagueiros lá de baixo do pau. e o Diniz gosta que você vá marcar em cima dele para que abra o campo e o jogador do meio-campo do Fluminense são excelentes, que vêm os volantes jogando e estão acostumados a agrupar e sair, a agrupar e virar de lado. Então, eu não marquei o Fluminense em cima, eu competi no segundo tempo, foi o que eu falei para os jogadores no intervalo: 'Nós estamos marcando bem, mas nós estamos marcando com o olho. Nós estamos correndo atrás deles, nós temos que competir, tirar a bola deles para que eles não cheguem sossegados no nosso campo'. O pessoal da análise de desempenho passou as informações de que o Fluminense gosta que marquem um pouquinho lá na frente”, finalizou.