Ex-Corinthians relata como foi trabalhar com Tite e relembra títulos de 2017
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Por Meu Timão
Moisés falou sobre seu período no Corinthians
Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians
Atualmente no futebol russo, Moisés acumula boas memórias no tempo em que esteve no Corinthians. Enquanto esteve no Parque São Jorge, trabalhou com Tite e depois Carille, fazendo parte do elenco que venceu o Paulista e o Brasileiro de 2017.
Em entrevista à ESPN, o jogador revelou que antes de acertar com o Corinthians quase foi para o Vasco, mas que optou por assinar com o Timão devido ao tempo de contrato. Passou 2015 emprestado ao Bragantino e depois, em 2016, passou de vez a vestir o manto alvinegro.
Sendo comandado por Tite, o lateral-esquerdo relembra com carinho o tempo que passou com o treinador e fez questão de valorizar o trabalho do técnico, principalmente nos treinamentos.
"Eu tive pouco tempo com ele, mas com certeza muitas coisas positivas, de treinamento, ter feito a pré-temporada com ele. Um baita treinador, uma ótima pessoa. O que me encantou, que eu sempre vou guardar para mim, é o nível de concentração nos treinamentos, realmente é muito diferenciada a maneira com que ele gere o grupo, da maneira como o treinamento é jogo com ele. Isso guardo para mim, para a minha carreira, que o treinamento é muito importante. Essa é lembrança que eu tenho do professor Tite, que é um baita treinador", revelou.
Na sequência, relembrou dois momentos marcantes que vivenciou com o treinador: a primeira logo quando chegou e se destacou nos treinamentos; a segunda foi quando optou por assinar com o Bahia.
"O que impactou foram duas conversas tête-à-tête comigo, me chamou de canto. Na primeira, ele me elogiou pelos treinamentos, por eu estar treinando muito bem, pela minha chegada, eu cheguei bem na pré-temporada", disse.
"E a outra quando eu saí. Quando eu estava perto de sair por interesse do Bahia, ele chegou em mim, estavam eu, Edu Gaspar e Alessandro. Ele falou 'a minha vontade é que você fique, para mim é muito bom ter você aqui, ter o (Guilherme) Arana e o Uendel'. O Tite tem muitos princípios, em 2015 eles foram campeões, o Uendel estava na minha frente, o Arana também. 'Não posso prejudicar a sua carreira, então fica a seu critério se você quer ir para o Bahia, mas ficaria feliz se você ficasse'. Mas ali entendemos que era melhor eu ter uma rodagem a mais, uma experiência a mais, quando em 2016 tomei a decisão e fui para o Bahia", concluiu.
Mesmo com o pedido, Moisés foi para Salvador e atuou na temporada 2016 pelo Bahia. Por lá, entrou em campo 36 vezes, marcando um gol e dando duas assistências. No período em que estava fora, acabou não dizendo adeus a Tite, que assumiria a Seleção Brasileira pouco depois.
Retorno e conquistas em 2017
Após o empréstimo para o Bahia, Moisés retornou ao Parque São Jorge para ser o substituto imediato de Guilherme Arana. Chegou a acumular 15 jogos pelo Timão e ajudar o Corinthians a erguer as taças daquelas edições dos Campeonatos Paulista e Brasileiro. O lateral-esquerdo relembrou aquele ano:
"2017 foi muito bom para gente, na época que todos os jogadores estavam participando daquele grupo, fomos campeões paulistas. No início, a gente entrou na competição tropeçando um pouco, éramos considerados por muitas pessoas quarta força. Um grupo muito unido, conseguimos o título, depois o título do Brasileiro", relembrou.
"Um grupo muito respeitado, com jogadores muito experientes como o Cássio, Jô, numa fase incrível em 2017, e tenho boas lembranças. Não joguei muito, não tive muitos jogos, minutos, mas entendia na época que o Arana vivia uma grande momento e após o título brasileiro ele foi, merecidamente, comprado pelo Sevilla e foi para a Europa. Eu tenho boas lembranças, foi um momento muito marcante na minha carreira ser campeão brasileiro, paulista. Com certeza pude aprender muito com jogadores experientes, como o Jadson também. Muitos jogadores", encerrou.
No Paulistão, o Corinthians se classificou na primeira colocação do Grupo A, com 24 pontos. No mata-mata, eliminou Botafogo-SP e São Paulo, encontrando a Ponte Preta na final. Fábio Carille e companhia venceram os campineiros pelo placar agregado de 4 a 1.
Já no Brasileirão, Moisés integrou o elenco que fez um dos melhores primeiros turnos da história da competição e conseguiu erguer a taça do torneio. O Timão venceu 21 das 38 rodadas, além de empatar nove e perder oito. Fora isso, encerrou a competição tendo feito 50 gols e sofrido 30.
Ao fim da temporada, Moisés foi emprestado para o Botafogo e em 2019 vendido ao Bahia. Atualmente defende o CSKA, da Rússia.