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Empresa responsável pelo Corinthians Free Fire atrasa salários e causa problemas internos

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Administradora comanda o elenco de Free Fire oficialmente desde julho

Administradora comanda o elenco de Free Fire oficialmente desde julho

Divulgação/Corinthians

A CDS, empresa que administra o Corinthians Free Fire, está devendo salários para jogadores e staff. Além disso, os jovens já enfrentaram problemas com moradia e até internet. A situação tem causado conflitos internos, incitação de aberturas de processos na instância jurídica e descontentamento nas redes sociais, segundo apuração do Meu Timão com diversas pessoas ligadas ao time da modalidade.

O projeto está oficialmente sob o comando da CDS desde julho deste ano, quando a Nomad eSports saiu alegando não ter tido o retorno financeiro esperado para o investimento realizado. A empresa chegou ao clube do Parque São Jorge para assumir o departamento de eSports do clube. Assim, além do Free Fire, criaram também a equipe de Counter Strike e Rainbow Six do Timão.

Os primeiros atos da CDS no Corinthians Free Fire foram o desligamento do jogador João Pedro "Memgod" e do manager Bruno “Fornax” Zanini, além da contratação dos jogadores Ronald "R7" Santos e Robson "RBN" Gomes.

Porém, outros atos da empresa começaram a ser questionados internamente. A reportagem do Meu Timão apurou com fontes diferentes que quando a CDS assumiu oficialmente, ao fim da disputa da Copa Free Fire, os atletas foram pras suas casas e depois retornaram, a fim de se prepararem para a oitava edição da Liga Brasileira de Free Fire. No retorno, foram surpreendidos ao serem colocados em uma casa de apenas um quarto. Relatada a insatisfação, foram transferidos para um motel.

Os treinos e trabalhos eram feitos em um gameoffice, perto do local. Em agosto, a CDS iniciou uma parceria com a Gamefy, para que os atletas e staff fossem direcionados para uma Game House maior e mais confortável, onde chegaram no dia 16 do mês passado. Segundo pessoas ouvidas pelo Meu Timão, porém, houve uma ordem de despejo feita no dia 8 de setembro, por parte da Gamefy, alegando que a CDS também não está honrando com os compromissos. O assunto foi resolvido internamente e os jogadores permanecem no local até hoje.

Dessa forma, segundo relatos de fontes ligadas ao time de Free Fire, além da CDS estar pagando os salários com atrasos desde o primeiro mês, não está cumprindo com pagamentos de alimentação, casa e ainda houve um episódio de suspensão da internet. A empresa, em contato com a reportagem, nega a maior parte das acusações, diz estar resolvendo a situação internamente, mas assume o atraso nos salários.

"O problema da queda da internet foi uma questão técnica e não por falta de pagamento. Estamos com seis dias de atraso nos salários, porém organizando o fluxo de caixa para corrigir essa questão de maneira definitiva", disse a CDS, em nota oficial ao Meu Timão.

Além de débitos com os atuais profissionais do time de Free Fire, até um ex-funcionário ainda tem reembolsos a serem recebidos. Bruno “Fornax” Zanini, ex-manager, realizou compras de alimentos em seu próprio cartão de crédito e não foi ressarcido mesmo após deixar o time.

Atualmente, compõem o time de Free Fire do Corinthians: Nicolas “Band” Jesus, Ramon “Razure” Gomes, Vitor “VitinXP” Silva, Kevin “Deley” Cordeiro, Ronald "R7" Santos e Robson "RBN" Gomes. O técnico é Ítalo "Stark" Barros. O Timão se encontra na 13 colocação da LBFF 8.

Quem é responsável pela CDS?

Conforme apurado pela reportagem, CDS é Cds E-Sports e Entretenimento Ltda. Com CNPJ ativo desde 9 de dezembro de 2021 e capital social calculado em R$ 25 mil, sob responsabilidade da sócia-administradora Tate Costa. A mesma foi procurada pelo Meu Timão, mas repassou ao jurídico da empresa e não se pronunciou pessoalmente. Segundo as fontes ouvidas, Tate não faz parte do dia a dia da equipe de Free Fire.

A empresária Tate Costa, além de CEO da CDS E-Sports, também é CEO da Cinderellas Esports, uma organização de times eletrônicos. Em contato com a reportagem, disse que a organização não acabou, está apenas em pausa.

Em outubro de 2021, jogadoras do time de Rainbow Six da Cinderellas expuseram que a organização não teria cumprido disposições contratuais sobre pagamento de salários atrasados. Na ocasião, a Cinderellas rescindiu, de forma unilateral, o contrato com as atletas e não realizou o pagamento após a data combinada.

Projeto CDS no Corinthians

A reportagem do Meu Timão teve acesso a um documento de apresentação do projeto da CDS para o Corinthians. No documento, a CDS se apresenta como "a união de empresas especializadas em Esports e Entretenimento, com ampla experiência em projetos impactantes e resultados consistentes".

Assim, no documento, a empresa prometeu desenvolver um projeto audacioso, seguro e sustentável de Esports ao Corinthians. Dentre os jogos eletrônicos de interesse, estavam: Valorant, Pubg Mobile, Rocket League, League of Legends Wild Rift, Fortnite, Clash Royale, Rainbow Six, Just Dance, Xadrez online (chess.com) e Truco online.

O objetivo da proposta foi definida como: "oferecer ao Sport Club Corinthians Paulista a gestão completa de licenciamento da marca de Esports, envolvendo as tecnologias mais modernas atuais, como Blockchain, e gerenciada por profissionais especialistas e com grande experiência no setor".

Além disso, a CDS apresentou um sistema completo de comunicação e engajamento, com influenciadores e canal exclusivo (Timão Esports TV).

Quanto aos valores, a CDS definiu um valor mensal + impostos de R$557.660 para este projeto apresentado, considerando o lado esportivo (com todos os times para os jogos acima citados) e de marketing (com profissionais como diretor de comunicação, social media, designer, roteirista, freelas de videomaker, editor de vídeos e influenciadores).

Não se sabe, porém, se essa proposta de projeto foi aceita pelo clube, visto que apenas o time de Rainbow Six foi criado em 20 de julho.

O que diz o Corinthians

A reportagem procurou o Corinthians para um posicionamento sobre a empresa terceirizada. Segundo Donato Votta, diretor do departamento de eSports do clube, o problema se dá por uma questão de fluxo de caixa e o Timão acompanha a situação.

"O Corinthians acompanha a situação junto à CDS, que recentemente assumiu o licenciamento de algumas modalidades de E-sports. A parceira vem quitando os compromissos referentes à transição das equipes e, segundo a empresa, não há atrasos de meses - até porque recém assumiu -, apenas referente ao mês corrente, por conta de uma questão de fluxo de caixa, e que será quitado nos próximos dias", explicou o diretor, por meio de nota via assessoria.

Veja mais em: Corinthians no e-Sports.

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