Técnico do Corinthians desabafa sobre preocupações para enfrentar o Boca Juniors pela Libertadores
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Por Beatriz Zoccoler, Rodrigo Vessoni e Vitor Chicarolli
Vítor Pereira comentou sobre o próximo compromisso do Timão
Danilo Fernandes/Meu Timão
Logo após o empate em 0 a 0 com o Santos, a próxima partida do Corinthians, diante do Boca Juniors, já se transformou em uma das pautas mais importantes da entrevista coletiva do técnico Vítor Pereira. O Timão volta a enfrentar a equipe argentina, mas dessa vez pelas oitavas de final da Libertadores. O treinador, por sua vez, não poupou palavras ao falar sobre as preocupações para o confronto.
"Vou confessar uma coisa: estou muito mais preocupado com o meu time do que com o Boca Juniors. Acho que estão mais fortes agora, mas estou mais preocupado, sinceramente, em saber os jogadores que terei disponíveis para enfrentar o Boca. Depois, em função dos atletas que terei disponível, vou ter que imaginar o que podemos fazer. Não tendo alguns jogadores, temos que abordar o jogo de outra forma. Não é a forma que quero, mas é o que é possível. Vamos ter que analisar", iniciou Vítor Pereira
"O conhecimento mútuo (do Boca e vice-versa), por já ter jogado lá, é uma vantagem porque posso preparar a equipe de uma forma diferente, melhor emocionalmente. Mas depende muito, estou sendo honesto, vou ter que pensar muito em que time teremos no próximo jogo. Não sei quem estará disponível. Temos que esperar e imaginar como vamos controlar e explorar o que eles têm de menos positivo", disse.
No jogo contra o Santos, VP utilizou uma formação alternativa por conta dos desfalques e visando descansar alguns jogadores. Após brincar com o apelido de professor Pardal, o treinador disse que dependendo de quem estiver disponível, vai ter que mexer no time de novo - o que tem um impacto direto na maneira de jogo.
"Primeiro vou ter que definir a equipe (contra o Boca Juniors). Não é fácil. Se ficar Du, Cantillo, Renato de fora... tem que imaginar. Vou ter que virar professor Pardal outra vez e pensar um pouco. A intenção é sempre a mesma, ter bola, atacar, só que quando os protagonistas, os jogadores, mudam, temos mais ou menos qualidade. O jogo fica diferente. Quando temos mais qualidade em campo, as dinâmicas são de nível mais alto. Se tivermos jogadores menos técnicos, isso muda. A intenção pode ser a mesma, mas o jogo, o resultado, será outro. Hoje mexemos, e mudou. Não conseguimos manter o ritmo para organizar nosso jogo, estávamos com muita gente nova, acabamos circulando com pressa. E nisso, às vezes, o risco de perder a bola aumenta. Era ataque dali e daqui, mas sem qualidade que se pretende", declarou.
O duelo, aliás, está marcado para acontecer na próxima terça-feira. O palco que recebe o confronto é a Neo Química Arena, a partir das 21h30.
