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Corinthians faz acordo final com o J.Malucelli para findar imbróglio após seis anos; veja o valor

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Da venda de Jucilei em 2011 até essas últimas penhoras das cotas do clube, o Caso J. Malucelli passou pela mesa de cinco presidentes: Andrés Sanchez, Mário Gobbi, Roberto de Andrade, Andrés Sanchez e, agora, Duilio Monteiro Alves

Da venda de Jucilei em 2011 até essas últimas penhoras das cotas do clube, o Caso J. Malucelli passou pela mesa de cinco presidentes: Andrés Sanchez, Mário Gobbi, Roberto de Andrade, Andrés Sanchez e, agora, Duilio Monteiro Alves

Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

Seis anos após o início do processo na Justiça do Paraná, o Corinthians deu o último passo para findar o imbróglio jurídico com o J. Malucelli pela venda do volante Jucilei ao Anzhi, da Rússia. E, como esperado, a conta final ficará salgada: R$ 28.658.150,92.

O departamento jurídico do clube acordou com o escritório Mafuz Abrão, Ribeiro & Caron Advogados Associados que o rescaldo do valor, de R$ 2,4 milhões, será quitado em cinco parcelas mensais de R$ 480 mil. Após a quitação da derradeira parcela, o imbróglio estará encerrado.

Soma-se a esse valor acima outros R$ 26.258.150,92 que já haviam sido repassados pelo Corinthians ao clube paranaense e ao escritório de advocacia, por meio de duas fontes:

  • R$ 1.444.480,80, que foram transferidos pelo clube no início da condenação em 2019 (antes de atrasar as demais parcelas);
  • R$ 24.813.670,12, que foram resultados de 11 penhoras online da Justiça do PR diretamente na TV Globo (cotas de televisão do clube).

Com isso, a conta final pela venda de Jucilei ficará em R$ 28.658.150,92. A transferência foi feita em 2011 e, desde então, cinco presidentes passaram pelo Corinthians no período: Andrés Sanchez, Mário Gobbi, Roberto de Andrade, Andrés Sanchez e, agora, Duilio Monteiro Alves.

Abaixo, o passo a passo de como a transferência de Jucilei para o Anzhi Makhachkala, da Rússia, por € 10 milhões (na cotação da época, R$ 22,9 milhões) virou uma dívida de R$ 28,6 milhões após 11 anos.

Valores repassados pelo Corinthians ao J. Malucelli e ao escritório Mafuz Abrão, Ribeiro & Caron Adv. Associados

R$ 700.000,00 - transferência bancária do SCCP (2ª parcela do J. Malucelli);
R$ 40.680,80 - transferência bancária do SCCP (saldo da 1ª parcela)
R$ 703.800,00 - transferência bancária do SCCP (2ª parcela do escritório)
R$ 1.663.119,20 - TV Globo (penhora)
R$ 2.826.434,90 - TV Globo (penhora)
R$ 136.000,00 - TV Globo (penhora)
R$ 708.000,00 - TV Globo (penhora)
R$ 1.314.595,34 - TV Globo (penhora)
R$ 1.095.496,12 - TV Globo (penhora)
R$ 2.005.000,00 - TV Globo (penhora)
R$ 4.913.943,37 - TV Globo (penhora)
R$ 2.709.851,21 - TV Globo (penhora)
R$ 3.251.821,45 - TV Globo (penhora)
R$ 4.189.408,53 - TV Globo (penhora)
R$ 2.400.000,00 - acordo final entre as partes (que será parcelado em cinco vezes)

TOTAL - R$ 28.658.150,92

Como uma venda se transforma numa dívida de R$ 28 milhões com o J. Malucelli após dez anos

Jucilei contratado pelo Corinthians em 2009 e foi vendido para a Rússia em 2011

Jucilei contratado pelo Corinthians em 2009 e foi vendido para a Rússia em 2011

Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

5 de maio de 2009 - Corinthians paga R$ 2 milhões para adquirir Jucilei do J. Malucelli. O Timão, então, passa a ser dono de 50% dos direitos econômicos do jogador, deixando a outra metade com a equipe paranaense

23 de fevereiro de 2011 - Corinthians vende Jucilei para o Anzhi Makhachkala, da Rússia, por € 10 milhões (na cotação da época, R$ 22.936.000,00);

22 de maio de 2015 - J. Malucelli entra com a ação na Justiça do Paraná pedindo indenização por perdas e danos, alegando que o Corinthians não repassou os 50% da venda de forma correta, além de descumprimento de cláusulas contratuais, como não ter sido comunicado da oferta recebida pelos russos;

22 de novembro de 2016 - Corinthians vence em primeira instância na Justiça do PR;

Março de 2018 - um recurso do J. Malucelli para segunda instância, porém, é aceito pelo Tribunal;

Agosto de 2019 - é certificado que o Corinthians não interpôs os recursos de Agravo em Recurso Especial e Agravo em Recurso Extraordinário, tendo o processo transitado em julgado em 09 de agosto de 2019;

23 de agosto de 2019 - J. Malucelli ingressa com a execução da quantia de R$ 13.931.138,83 (valor da ação e dos honorários sucumbenciais com atualização e correção monetária, além de juros de mora);

16 de outubro de 2019 - Corinthians recebe intimação para pagar a dívida e não paga, havendo a incidência de multa de 10% sobre o saldo devedor total, apresentado cálculo atualizado de R$ 16.969.779,67 e pedido de penhora de verbas da Globo, CBF e BMG;

30 de outubro de 2019 - Jurídico do Corinthians pede que a Justiça faça a penhora do valor, mas com limitações de 20% dos valores a receber dos parceiros;

6 de dezembro de 2019 - Após a Justiça negar o recurso do Corinthians, a TV Globo repassa o primeiro montante da cota do clube;

9 de dezembro de 2019 - acordo é celebrado com o valor de R$ 14.437.00,00, em 13 parcelas ao J. Malucelli e R$ 3.519.000,00, em cinco parcelas ao escritório de advocacia, com multa de 20% e vencimento antecipado em caso de nova inadimplência.

6 de fevereiro de 2020 - J. Malucelli e o advogado do clube paranaense denunciam que o Corinthians não pagou a segunda parcela, vencida em 31 de janeiro de 2020. O Corinthians é intimado a pagar sob pena de multa;

Março de 2020 - J. Malucelli denuncia novo descumprimento, da terceira parcela e do pagamento menor da segunda parcela;

Abril de 2020 - J. Malucelli e o advogado denunciam o inadimplemento de todo o acordo pela reiterada inadimplência. O valor cobrado é de R$ 18.863.906,24;

Maio de 2020 - Corinthians não paga mais uma vez, multa é acrescida e se requere penhora na Rede Globo e na CBF no valor de R$ 23.053.579,81;

Junho de 2020 - A Justiça inicia a cobrança via cotas do clube. E a TV Globo repassa R$ 2.826.434,90 que eram do Corinthians à Justiça do Paraná;

13 Julho de 2020 - Os advogados do J. Malucelli aceitam fazer um novo acordo com o Corinthians para quitação em 16 parcelas, descontando parte das multas pelas parcelas atrasadas;

4 de dezembro 2020 - J.Malucelli denuncia mais um não cumprimento de acordo por parte do Corinthians;

4 de fevereiro de 2021 - TV Globo, a mando da Justiça, repassa mais R$ 3.131.568,19 das cotas que pertenciam ao Corinthians no mês de janeiro;

11 de fevereiro de 2021 - Os R$ 18.521.911,09 são deduzidos em R$ 3.131.568,19, ficando a diferença de R$ 15.390.342,90. Porém, com a incidência de multas (R$ 1.539.034,29) e honorários R$ 1.539.034,29, o valor da dívida volta para R$ 18.468.411,48;

23 de fevereiro de 2021 - TV Globo, a mando da Justiça, repassa mais R$ 2.005.000,00 das cotas que pertenciam ao Corinthians no Paulistão 2021. Com isso, a dívida fica em R$ 16.463.411,48;

22 de março de 2021 - TV Globo, a mando da Justiça, faz mais três repasses: R$ 4.913.943,37, R$ 3.251.821,45 e R$ 2.709.851,21 (total de R$ 10.875.616,00). A emissora solicita que, com esses R$ 10.875.616,00, não haja mais pedidos de bloqueios das cotas de TV do Corinthians;

16 de abril de 2021 - Os advogados do J. Malucelli pedem à Justiça que os bloqueio permaneçam, já que resta aberto o valor de R$ 6.032.603,21;

16 de abril de 2021 - No mesmo dia, os advogados do Corinthians lembram que o clube está em situação financeira difícil, anexam diversos dados financeiros do balanço, lembram que já teve R$ 20.624.262,01 bloqueados junto à TV Globo e pede que os bloqueiam cessem;

3 de junho de 2021 - Corinthians pede que o processo seja suspenso por 30 dias até que os advogados do J. Malucelli façam um levantamento do valor exato que resta a ser repassados pela TV Globo e a CBF, além de pedir a liberação do valor já penhorado para que seja quitado os salário de junho;

3 de junho de 2021 - Os advogados do J. Malucelli entram com pedido à Justiça para não suspender o processo, além de pedir bloqueios suplementares no valor de R$ 4.189.408,53.

Atual momento - Jurídico do Corinthians trabalha no sentido de encerrar o processo. O último acordo (de parcelamento de R$ 2,4 milhões, em cinco vezes) é o passo final para findar o imbróglio após nada menos do que cinco anos na Justiça (onze se levar em consideração a venda).

Veja mais em: Diretoria do Corinthians, Processos do Corinthians e Parque São Jorge.

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