Como dói! Corinthians sofre com viradas e perde um dos últimos 'trunfos' de Carille
5.6 mil visualizações 65 comentários Reportar erro
Por Lucas Faraldo
A pior sequência de resultados da temporada até aqui já custou ao Corinthians um dos últimos trunfos que o trabalho de Fábio Carille parecia resultar: a equipe não consegue mais "segurar" vantagens mesmo quando opta por se defender ainda mais que o habitual.
Das últimas quatro partidas do Corinthians, o Timão sofreu a virada em três delas. Foi assim quando abriu o placar e levou a invertida de 2 a 1:
- contra o Athletico-PR (jogo terminou 2 a 2);
- contra o Goiás (jogo terminou 2 a 2);
- contra o Cruzeiro (jogo terminou 2 a 1).
Nos outros dois jogos da atual sequência de cinco partidas sem vitória, o Corinthians não chegou a balançar as redes adversárias (0 a 0 contra o Grêmio e 0 a 1 contra o São Paulo). Impossível, assim, dizer se seguraria ou não uma eventual vantagem no placar.
Fato é que a dificuldade em se manter à frente no marcador é novidade para o Corinthians. Antes da sequência citada, o Timão havia levado sua última virada (seja ela definitiva ou não) apenas na primeira rodada do Campeonato Brasileiro, na derrota de 3 a 2 para o Bahia.
Mesmo quando já sofria com críticas a respeito do desempenho fraco de sua equipe nos últimos meses, Carille alegava os bons resultados como contraponto – não à toa o Timão ainda está na zona de classificação à Libertadores do ano que vem.
Esses bons resultados, por sua vez, foram em boa parte construídos com um roteiro bastante semelhante: a equipe abria o placar e se fechava, abdicando de jogar e tentando travar o jogo do adversário também. Foi assim, por exemplo, na magra vitória de 1 a 0 sobre a Chapecoense, mesmo se tratando da lanterna do Campeonato Brasileiro.
Athletico, Goiás e Cruzeiro, por outro lado, não permitiram ao Corinthians praticar o "antifutebol". Mais limitada tecnicamente, a equipe goiana teve paciência para, aos poucos, mudar o panorama do jogo e passar a controlar a posse de bola. No caso dos embates contra paranaenses e mineiros, o Timão já era pressionado antes mesmo de abrir o placar.
Leia também: Pressionado, Carille abre Corinthians e leva quatro gols; comissão técnica vai reavaliar postura
Seja porque tenta manter um suposto ritmo mais ofensivo e falha (como contra o Goiás), seja porque não consegue mais ter a mesma eficiência defensiva que outrora (como diante de Athletico, Cruzeiro e do próprio Goiás também): a situação do Corinthians "virou". Não há nem mais resultados para sustentar o mau desempenho da equipe de Carille.
Dá tempo de revirar?