Corinthians e Caixa encaminham acordo temporário por parcela reduzida da Arena
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Por Vinícius Souza e Lucas Faraldo
Corinthians e Caixa Econômica Federal estão próximos de firmar acordo pela redução temporária das parcelas do financiamento referente à construção da Arena. O clube deve obter autorização para pagar, em dezembro e janeiro, somente R$ 2 milhões mensais ao banco estatal, e não os habituais R$ 5,9 milhões, valor definido em contrato.
A redução provisória, de 66%, abrange justamente o período de férias do calendário do futebol brasileiro. O Corinthians se despediu da Arena em 2018 no último dia 25 de novembro (empate sem gols com a Chapecoense) e só voltará a utilizar o estádio em 20 de janeiro, diante do São Caetano, em sua estreia no Campeonato Paulista 2019.
Grosso modo, o acordo, se concretizado, trará alívio de cerca de R$ 8 milhões. Evitará, também, que o Timão precise retirar dinheiro de outros locais para seguir à risca o pagamento do financiamento de R$ 400 milhões. No passado, por exemplo, o clube se viu obrigado a realocar determinado valor do Fiel Torcedor, programa de fidelização alvinegro, para evitar o atraso das parcelas.
O Timão começou a quitar a dívida de R$ 400 milhões em julho de 2015, pouco mais de um ano após a inauguração da Arena. A fim de reduzir a parcela, a diretoria corinthiana interrompeu o pagamento em meados de 2016 e só o retomou em abril deste ano, mais precisamente no dia 13, quando depositou R$ 5,960 milhões à Caixa.
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Ainda segundo apurou o Meu Timão, o Corinthians está perto também de selar acordo por maior "soberania" sobre as contas do estádio. Tal mudança lhe permitiria voltar a lucrar com bilheteria, o que não acontece, em tese, desde o início da era Arena – todas as rendas ligadas a ela devem, por força contratual, ficar com o fundo imobiliário responsável pela administração do empreendimento.
Em entrevista coletiva concedida em fevereiro, logo após ser reeleito presidente do Corinthians, Andrés Sanchez atualizou a dívida do clube pela Arena: algo próximo de R$ 1,17 bilhão, dos quais R$ 400 milhões se devem ao empréstimo intermediado pela Caixa junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).