Ídolos do Corinthians criticam opções nas laterais do elenco e avaliam trabalho de António Oliveira
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Por Meu Timão
Atualmente, o Corinthians vive uma crise em suas laterais. Desde que António Oliveira assumiu a equipe, Hugo, Bidu, Fagner, Matheuzinho e Léo Mana já foram testados, mas nenhum se provou por inteiro. Dessa maneira, Wladimir e Zé Maria, ídolos do clube, sofreram para apontar quais seriam o titular da equipe.
"Dos três (laterais-esquerdos), tá difícil escolher algum. Hoje, nenhum. Na nossa época, tinha mais qualidade. Mudou muito, antes, o lateral tinha que saber marcar e atacar. Hoje, se só defender bem, já está de bom tamanho. Está complicado achar um lateral-esquerdo completo. O Arana, formado no Corinthians, é o melhor do país, mas levou azar. No melhor momento ele machucou, se não teria ido para a última Copa", disse Wladimir em entrevista ao portal BolaVip.
Na esquerda, Hugo não convence a torcida mesmo sendo o titular, enquanto Bidu ainda não se provou desde que foi reintegrado ao elenco e Palacios segue no departamento médico. Já na direita, Matheuzinho, que deixou o campo contra o Nacional lesionado, busca mais minutos ao mesmo tempo que Fagner não vive sua melhor fase vestindo o manto alvinegro.
Correndo por fora Léo Mana tenta convencer António Oliveira que merece uma chance. Para Zé Maria, o camisa 23 ainda consegue atuar em alto nível, mas depende da função que for exercer em campo.
"Como lateral, o Fagner aguenta mais até o fim deste ano e o próximo, creio eu. Como ala é mais complicado, a exigência física hoje é muito grande. Ele não tem mais esse vigor físico todo. Precisa usar mais a experiência dele, mas qualidade ele tem. Não vejo sombra pra ele ainda. O Matheuzinho não vi muito dele jogando, mas parece bom na parte física. Hoje, o lateral faz uma coisa ou outra (ataca ou defende). É muito difícil um jogador que tenha fôlego para fazer as duas funções com qualidade", apontou o ex-lateral-direito, jogador da posição que mais vezes vestiu o manto alvinegro na história: 598 partidas ao todo.
Assim como o companheiro, Wladimir é o jogador que mais vezes representou o Corinthians na história, com 806 jogos disputados. Ambos dividiram o gramado nos anos 1970 e 80, trabalhando com alguns técnicos históricos no percurso, como Oswaldo Brandão e Mário Travaglini. Buscando o mesmo prestígio dos ex-treinadores, António Oliveira está iniciando sua história no Timão.
O treinador lusitano já soma 16 jogos à frente da equipe, além de três que o auxiliar Bruno Lazaroni esteve comandando o banco de reservas: nove vitórias, quatro empates e três derrotas. A dupla de ídolos não entrou em um consenso sobre o técnico.
"Não vejo ele (Antônio de Oliveira) com a cara do Corinthians. Não enxergo uma paciência dele para ajustar o time, achar a melhor equipe. Pode ser que eu esteja errado, espero estar, na verdade", apontou Wladimir.
"Acho cedo para avaliar. Mas o time melhorou, é fato. Equilibrou melhor, o time está mais consciente em campo. Mas precisa de mais tempo para ser avaliado, precisamos ser menos imediatistas no Brasil", discordou Zé Maria.