António Oliveira pede tempo para “reconstrução” do Corinthians e enaltece medalhões do clube
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Por Rafael Marcon, Rodrigo Vessoni e Vitor Chicarolli
O Corinthians empatou com o Fortaleza e agora soma cinco pontos em cinco rodadas do Campeonato Brasileiro. Ainda em começo de temporada, António Oliveira evitou falar sobre as prioridades da equipe no ano e comentou sobre a remontagem do elenco alvinegro em 2024. De acordo com o treinador, ainda não há uma competição prioritária, já que o time precisa crescer jogo a jogo.
“Temos que ver o que o mês de maio vai nos reservar. Evidente que é mais fácil ganhar uma competição de 12 jogos (Sul-Americana), do que uma de 38 (Brasileiro). Sabemos em que ponto está o Corinthians, uma equipe que está se construindo. Nesse aspecto, queria primeiro falar (sobre) a importância das lideranças dos jogadores mais antigos, que já deram muito ao clube. Eles são os que sofrem mais quando as coisas não vão bem, o que não acho justo. Temos exemplos do Fagner, Cássio, Paulinho”, iniciou o treinador em entrevista coletiva, após o empate em 0 a 0 com o Fortaleza.
É importante ressaltar que, em 2024, após Augusto Melo assumir a presidência do Corinthians, o clube passou por uma reformulação completa no futebol. Saíram diversos medalhões, dentre eles Renato Augusto, Giuliano e Gil, e chegaram novos jogadores, na maioria de outras ligas. Cássio, que recebeu duras críticas recentemente, chegou até a comentar sobre a falta de jogadores para dividir as responsabilidades no clube.
António Oliveira apontou toda essa fase de reconstrução na coletiva, enalteceu os jogadores mais experientes e pediu tempo para a equipe se estabilizar. Segundo o técnico, a instabilidade de resultados é normal para um time recém formado e, por conta disso, também é necessário paciência para priorizar alguma competição.
“O clube não pode perder sua identidade, seus valores, são eles (experientes) quem sabem o que realmente é o Corinthians. O Cássio não esteve presente dentro do campo, mas foi importante fora, o Paulinho é extremamente importante, o Fagner continua sendo o top-3 laterais-direitos no Brasil. A equipe é toda nova: Felix veio do México, Cacá do Athletico-PR, Hugo do Goiás, Raniele do Cuiabá, Breno da Copinha, Garro da Argentina, Wesley da base”, disse o treinador português.
“Se vocês forem ver a equipe de 20, 21 e 22, quais jogadores estavam lá? Evidente que as expectativas de um grande clube é ganhar e ele vai, mas tem o seu tempo. Sempre falei que vai ter avanços e recuos. Nessa perspectiva que a equipe cresce, cada vez uma equipe mais equilibrada. Isso é tempo. É perceber como vai ser o mês de maio e percebemos se conseguimos uma folga, pra depois irmos atacar alguma coisa”, concluiu o comandante alvinegro.
Concluída a quinta rodada do Brasileirão, agora o Corinthians tem como próximo compromisso o Nacional, do Paraguai, pela fase de grupos da Copa Sul-Americana. A partida acontece na próxima terça-feira, às 19h, no Estádio Defensores del Chaco, casa do rival no país vizinho.