Romeu Tuma Jr. relata votação tranquila das contas do Corinthians e prega voto técnico
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Por Beatriz Maineti, Gustavo Lima e Vitor Chicarolli
As contas do Corinthians de 2023, quando o clube ainda era presidido por Duilio Monteiro Alves, foram aprovadas em sessão "tranquila" no Parque São Jorge na última segunda-feira. Segundo o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Romeu Tuma Junior, a reunião teve um clima ameno e terminou sem intercorrências, com aprovação das contas pela maioria dos conselheiros.
“Clima tranquilo, uma votação serena, no Conselho estão bem cientes do seu papel. Uma votação democrática que terminou com a aprovação das contas do último ano da gestão passada. 133 a favor, 82 contra e duas abstenções. Dos votos a favor tivemos 23 votos com ressalvas e 110 votos sem ressalva", detalhou.
Segundo apuração do Meu Timão, porém, a votação exalou clima pacífico, mas contou com trocas de "farpas" entre membros da situação e da oposição durante discussões de alguns pontos. O ex-presidente Duilio Monteiro Alves fez um pronunciamento durante a sessão, assim como Wesley Melo, diretor financeiro da antiga gestão, Andrés Sanchez, também ex-presidente do Corinthians, e Rozallah Santoro, atual diretor financeiro.
O balanço aprovado pelo Conselho Deliberativo já havia recebido aval dos órgãos fiscalizadores do clube, como Conselho Fiscal e Conselho de Orientação (Cori), embora também com ressalvas. O documento, ao qual o Meu Timão teve acesso, demonstra que o Corinthians teve receita recorde de R$ 1,003 bilhão e traz também o valor total da dívida, que é de R$ 1,968,8 bilhão, somando clube e Neo Química Arena.
De acordo com Romeu Tuma Junior, a aprovação das contas não significa necessariamente, que não haverá responsabilização caso alguma irregularidade seja encontrada. Segundo o presidente do Conselho Deliberativo, é preciso votar de forma técnica, não política.
"Isso é bom para o clube, porque não gera nenhuma imagem ruim para a instituição Corinthians e também não isenta as pessoas que administraram o Corinthians nos anos passados de algumas adversidades pontuais. Se os órgãos de fiscalização entenderem ou encontrarem alguma coisa irregular, as pessoas serão responsabilizadas. Você não pode aprovar ou reprovar a conta pensando num aval político, você tem que ser técnico com o voto das contas porque ela reflete na instituição. E foi isso que o Conselho deliberou", concluiu o presidente do Conselho.
Apesar do clima tranquilo defendido por Tuma, a votação acontece em um momento interno conturbado para o Corinthians. A ruptura entre o presidente Augusto Melo e o seu diretor de futebol, Rubão, já havia ocasionado um clima tenso nos bastidores políticos do clube, que só piorou após o embate público entre o dirigente e o presidente do Conselho Deliberativo, exposto na imprensa.
Após o acontecido, Augusto Melo chegou a prometer mudanças internas no Corinthians, o que indicava um possível desligamento de Rubão. Na última semana, durante a estadia da equipe corinthiana na argentina para o confronto pela Conmebol Sul-Americana, o Meu Timão apurou que a diretoria esperava retornar o Brasil para tomar qualquer decisão referente ao caso, mas nenhuma medida ainda foi tomada.