Momento crítico do campeonato e a melancólica briga do time pra ficar longe do Z4.

Seria o completo desastre! Tudo graças a esse câncer chamado R&T.

Mas não vim falar sobre isso aqui. O que me chama a atenção é a postura do time, a falta de intensidade da equipe.

Acabamos de presenciar o Fluminense campeão da Libertadores, entrando no seleto grupo de campeões contra o Boca Juniors (eee 2012, quanta saudade!).

Um time cheio de veteranos, porém ágil, que ataca muito, recompõe em linha alta, corajoso. Lógico que muito disso deve-se ao fato de terem um treinador como o Fernando Diniz, que podemos falar qualquer coisa, menos não ser autêntico.

Acredita em uma ideia e segue fiel a ela, e quando foi preciso, especificamente no jogo final da Liberta, deu chutão também.

Muitos dos veteranos deles também não jogam os 90 minutos. Tirando o Fábio e o Samuel Xavier, todos os outros também rodiziam. E há uma mescla com jovens promissores e habilidosos.

Traçando um paralelo com nosso amado Corinthians, porque com elenco de perfil parecido com o Fluminense em termos de quantidade de veteranos não conseguimos apresentar um futebol de alto nível? Dentre os vários fatores possíveis, quero me aprofundar especialmente em três:

1. Condição física: nosso time não consegue competir em intensidade. Nem acho que falte vontade, mas é visível o condicionamento físico deficiente. O time perde a pegada rapidamente. Não lembro de um jogo nos últimos 2 anos em que fomos superiores fisicamente aos adversários.

2. Preparação tática. Desde a saída do Carille derrapamos na montagem de comissões técnicas. De Sylvinho a Coelho, de Lázaro a Cuca (esse nem ficou por motivos bem conhecidos), passando por Luxa, só o português Judas Pereira conseguiu tirar mais desse elenco. Agora com o Mano mas uma vez a instabilidade.

3. Condição técnica: Pra mim o mais importante. Jogadores veteranos com história no futebol mas que não aguentam competir. A parte técnica é muito prejudicada nesse caso, e são muitos ao mesmo tempo no time. Mas isso não se limita aos veteranos. Dentre os mais jovens acontece o mesmo problema. Não são intensos, não compensam com sua juventude a falta de intensidade dos veteranos e também pecam na técnica. Quase ninguém se salva.

Os últimos jogadores diferentes que tínhamos esse ano saíram. Basta ver o Murillo fazendo sucesso na Inglaterra. Assisti o último jogo do Nottingham Forest contra o Aston Villa pela Premier League. Parece um veterano em campo, com a torcida o elogiando muito. Roger Guedes dispensa comentários.

Acredito que vários desses veteranos, quando saírem do clube, indo trabalhar em times diferentes com elenco mais jovens terão mais sucesso. Imaginem um RA8 no Grêmio com o Renato Gaúcho por exemplo?

Mas todos esses jogadores juntos em um mesmo time não irão dar certo, a graças a um planejamento porco estamos nessa situação.

Ano que vem, se continuarmos na série A (se Deus quiser!) precisaremos de muita paciência e cobrança.

Paciência para não pressionarmos por contratações sem sentido e cobrança para a nova direção do clube ser mais assertivas no novo plantel.

Não podemos mais errar. Chega de Pato, Luan, Cantillo, Bidú, Casares, Jonathan Cafu... Chega de repatriar jogadores que fizeram um bom trabalho no passado, porém mais velhos e sem o mesmo vigor físico.

Precisaremos de sangue novo, jogadores competitivos, com fome! E para aqueles que ficarem, foco na preparação adequada e intensidade.

Não vejo a hora desse ano acabar com o time na série A, com renovação total na diretoria e no elenco.

2024 precisa ser melhor que 2023 de qualquer jeito! Do melhor jeito possível!