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E o adversário?
Jorge Freitas

Colunista esportivo do portal 'No Ângulo', este internacionalista é mais um louco do bando e busca analisar o Timão com comprometimento com a realidade e as necessidades do maior clube do planeta.

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E o adversário?

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E o adversário?

Corinthians venceu o time que mais perdeu no campeonato brasileiro

Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians

A euforia depois da vitória contra o Coritiba e a nona colocação no Campeonato Brasileiro é para fazer qualquer torcedor corinthiano um pouco mais de pé no chão chorar.

Nesta quarta-feira, último time sul-americano campeão mundial e dono da marca mais valiosa do continente precisou de um pênalti para vencer o time que mais perdeu em todo o Campeonato Brasileiro (13 derrotas em 20 jogos) e frequenta assiduamente a zona do rebaixamento.

Com três volantes e uma invenção na ponta-esquerda, o time de Vagner Mancini voltou a se encontrar com a vitória depois de quatro jogos sem vê-la, sendo um desses contra um time de Série B e dois jogos dentro de casa.

Tenho feito papel de chato quando se trata desse atual time, mas a realidade é que a grande maioria das análises dos comentaristas brasileiros parece desconsiderar a fragilidade de um adversário quando o time vence uma partida. Contra o Coritiba, o Timão fez um bom primeiro tempo, mas se demonstrou mais uma vez limitado, mesmo contra um adversário incapaz de exigir qualquer coisa de seus rivais mesmo dentro de casa. Nem a opção por Piton na ponta esquerda pode se mostrar acertada, tamanha a inoperância do alviverde paranaense.

É claro que Mancini melhorou a equipe, mas como jamais cansarei de dizer, o time treinado por Coelho era tão fraco, tão ruim, que a chegada de um treinador, mesmo com capacidade limitada, faria com que todos se empolgassem e começassem a sonhar mais alto. Infelizmente, é isso que tem acontecido.

Depois dos últimos resultados, está claro que o Corinthians atual é um time de meio de tabela, que pode buscar bons resultados contra a parte de baixo, como contra Athlético, Vasco e Coritiba, mas dificilmente alcançará mais que um ponto contra aqueles que disputam título ou vaga na Libertadores, como vimos contra Flamengo, Atlético-MG e Grêmio. Ganhamos do Inter, que já apresentada queda de rendimento em razão da maratona de três competições simultâneas.

Felizmente, mais distantes do rebaixamento e fora da Copa do Brasil, é possível manter esta caminhada a fim de se iniciar uma reformulação completa, especialmente na parte financeira, para que o clube jamais passe novamente por este aperto, como tem sido desde 2018.

É possível? É, mas em primeiro lugar é fundamental reconhecer que não temos time para brigar por vaga na Libertadores, pois em caso de não-classificação, o apoio será maior que a frustração. Além disso, é fundamental que paremos de relativizar as situações, pois o tamanho do Corinthians requer uma equipe que brigue entre os primeiros do continente, não que se acostume a ser 8º ou 9º do fraco Brasileirão.

Enfim, é necessário que se considere o adversário antes de comemorar uma vitória. Quando Coelho estreou, contra o Bahia em casa e venceu por 3 a 2, comentei exaustivamente que havíamos conseguido um resultado absolutamente normal contra um time sem qualquer padrão de jogo e com um novo treinador. Fui criticado, mas a sequência demonstrou a realidade e a fragilidade do Corinthians. Não queremos que a história se repita, por isso, é fundamental ter pés no chão.

Ganhamos de 1 a 0 do time que mais perdeu no campeonato e com um gol de pênalti. É bom? É, claro, pior seria se não tivesse ganho, mas é pouco, muito pouco para o tamanho do nosso clube e da nossa folha salarial. Hoje, temos mais raça e o ânimo dos jogadores é inegavelmente melhor (ponto positivo para Mancini), mas nossa forma de jogar ainda é de mediana para ruim, a transição da defesa para o ataque é bastante lenta, as triangulações quase que inexistem, o último passe sai mais errado que certo e os lançamentos ainda são usados de maneira bastante exagerada. Na verdade, o que nos faz parecer melhores é o baixo nível de nossos adversários.

Aliás, antes que eu me esqueça: Fábio Santos é ídolo demais!

Veja mais em: Campeonato Brasileiro.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Jorge Freitas

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    @felipe.milare Apoiador em

    É um passo por vez, antes a gente não ganhava de ninguém, hoje já consegue vitórias contra os times de baixo e de vez em quando beliscamos pontos dos de cima.

    Inegavelmente o Corinthians do segundo turno tem tudo pra ser melhor que o do primeiro, isso não muda o fato e nem muda a capacidade do time de se manter apenas no meio da tabela realmente.

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    Adriano 2382 comentários

    @adriano.soares.lima em

    Com todo respeito esse texto reflete a opinião de um torcedor que não entende nada de futebol, o time já trocou de treinador 3 vezes e o Mancine ao que parece não é esse técnico limitado que está citando, está fazendo um grande trabalho ao meu ver e precisa de mais tempo para evoluir, como vem acontecendo.

    Por mais limitado que o Coritiba seja a posição do Corinthians no ranking da forbes não ganha jogo, aos poucos a postura dos jogadores e a compactação do time está melhorando, mas não é algo que acontece da noite para o dia.

    A Fiel sempre foi conhecida por apoiar o time nas horas dificeis, ao que parece a opinião do Jorge Freitas é um descerviço.

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    56º. @sergio.libanori em

    Nosso elenco atual é limitado. Todo Corinthiano sabe disso. Mas, não podemos ser chatos e ficar criticando até quando o time vence. Vencemos o fraco Coritiba, mas vencemos o Internacional também. Não fizemos uma partida maravilhosa contra o Coritiba, mas lutamos até o fim e vencemos. Estamos melhorando nossa classificação e nos distanciando da zona de rebaixamento. É isso que importa. Vai, Corinthians!

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    55º. @caio.siqueira.iocoha em

    Pra que os antis se tem uma opinião dessa de torcedor? 3 ponto são 3 pontos e tchau, obrigado! Contra o então líder Inter, 3 pontos, contra o quase rebaixado Coritiba, 3 pontos. PRONTO

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    Fernando 19645 comentários

    54º. @fernando.zemetek1 em

    Caro colunista, concordo que o Coxa seja fraco (não necessariamente o pior do Campeonato), mas Mancini conseguiu nesse jogo manter a organização e pegada do Corinthians praticamente o jogo todo!
    Além disso, não é válido nosso técnico buscar alternativas de organizar o jogo ofensivo do Corinthians pelos 2 lados?
    Não seria essa a oportunidade ideal?
    Ou seria melhor fazer "testes" contra mulambos, peças, chorolados,...?

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    Raul 35932 comentários

    53º. @decanine em

    é o que temos para hoje...

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    52º. @felipe.moreira18 em

    Fomos campeões em 2017 ganhando suado do Atlético Goianiense e perdendo pra eles em casa no começo do returno. Na época todos sabíamos que o time era limitado e apoiamos o Carille. O que mudou? Por que essa obrigação agora de ter que emular futebol propositivo se nunca foi a nossa? Deixa essa bomba para o Flamengo, nós não somos eles e não devemos entrar nessa ondinha da mídia.