Perseguição aos sócios, dados vazados e brindes questionáveis na eleição do Corinthians
Opinião de Danilo Augusto
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Véspera de eleição do Corinthians, um número desconhecido me liga. Eu já presumo que representa algum candidato a presidência do Corinthians, mas resolvo atender só para saber quem está fazendo isso.
Meu telefone não é público, embora não seja a coisa mais difícil do mundo de descobrir. A informação que eu sou sócio do Corinthians também não é pública. Mas de alguma forma a base de cadastros do Corinthians é mais vazada que aquela defesa de 2007 com Iran, Fábio Ferreira e Zelão.
Como apenas cerca de três mil sócios escolhem o presidente e nas últimas eleições cerca de 400 votos separaram Andrés Sanchez do segundo colocado, qualquer esforço para conquistar um eleitor pode fazer diferença na hora do resultado.
Assim, começou a perseguição dos sócios.
Recebi mensagens de WhatsApp de números desconhecidos apoiando Duilio.
Recebi uma ligação de uma pessoa representando Mário Gobbi. Perguntei como tiveram acesso ao meu telefone e falaram "me passaram uma listinha aqui pra eu ligar", sem dar mais informações.
Recebi ligação com uma mensagem gravada do Emerson Sheik dizendo que apoia o Duilio.
Recebi vários outros telefonemas que acabei não vendo e caiu em chamadas perdidas. Ao todo foram mais de dez ao longo do dia.
O que me choca nisso tudo é: quem paga por isso?
Além das ligações, várias formas de brindes tem sido oferecidas. De camisetas à estacionamento gratuito para os eleitores, como reportou Leonor Macedo no Twitter.
Lembrem que presidente não recebe salário para trabalhar no Corinthians.
PS: Me tornei sócio do Corinthians em 2017. Nem votar eu posso já que exigem cinco anos.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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