O mundo paradoxal entre o futebol masculino e o feminino do Corinthians
Opinião de Ana Paula Araújo
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No mesmo dia, o torcedor viu o Corinthians apresentar uma das situações mais distintas dos últimos tempos. Enquanto o feminino goleava por 11 a 0 o Nacional, o masculino perdia para o América Mineiro.
No feminino, foram três minutos para abrir o placar; no masculino, nove para a primeira investida, apenas.
Numa realidade, 11 chutes convertidos; na outra, só três em direção à meta.
Num campo, um elenco misto vencendo e convencendo; já no outro, não venceu e nem convenceu com os titulares.
De um lado raça; do outro desânimo.
No masculino, uma folha salarial de R$ 17 milhões; no feminino, R$ 170 mil.
No começo da noite, um show; no acabar dela, o fim da festa.
Um time que goleia; e outro que é goelado.
Uma equipe que lidera; outra que é liderada.
Numa partida, uma jogadora que não entrava há muito em campo marcando seis gols; na outra, 11 atletas que não conseguem converter uma jogada.
Na primeira situação, meninas que precisam provar seu valor; em outra, profissionais que "não precisam provar nada para ninguém".
Num canto um elenco; no outro, nem um time.
Num lado, se poupa atletas; no outro, futebol.
O primeiro, um grupo que disputa ligas internacionais; o outro, uma equipe onde até o nacional é amador.
Qual desses universos apresenta, de fato, uma exibição amadora mesmo?
O futebol feminino ainda engatinha, mas o masculino se sustenta por bengalas. Se escora naquilo já foi para justificar o que recebe.
Nesse clube desorganizado e sem planejamento, o futebol feminino é resistência.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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